
Fato teria ocorrido em janeiro deste ano, mas só foram registrados em Boletim de Ocorrência da Polícia Militar no dia 11 de março. Adolescente não chegou a usar o medicamento e segue grávida (imagem meramente ilustrativa)
Reprodução / Hospital Pequeno Príncipe
Um policial militar lotado na 28ª Companhia Independente da Polícia Militar (28ª CIPM) no município de Juruti, oeste do Pará, é alvo de investigação em Inquérito Policial Militar (IPM) que apura denúncia feita em Boletim de Ocorrência, dando conta de que o PM teria dado a uma adolescente que estaria grávida dele, comprimidos de um medicamento que se popularizou por ser usado na realização de abortos ilegais.
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Conforme BOPM nº 013/2024-CorCPR I, o caso teria ocorrido quando o policial estava em serviço, no dia 12 de janeiro deste ano. Consta na denúncia, que entre às 12h e 14h, daquele dia, na rua São Paulo, s/n, bairro Nova Jerusalém, em Juruti, o policial teria entregue quatro comprimidos do medicamento Cytotec, a uma adolescente com a finalidade de provocar o abortamento de um feto, fruto de uma relação entre o militar e ela.
O Cytotec é um medicamento que tem na sua composição o Misoprostol, uma substância sintética, análoga a prostaglandina. Embora tenha sido desenvolvido para tratar quadros clínicos gastrointestinais, o remédio é usado como abortivo, por provocar contração uterina.
Por ordem do presidente da Comissão de Corregedoria do CPR-1, tenente coronel Vallério Ferreira, foi instaurado Inquérito Policial Militar, a fim de investigar autoria, materialidade e as circunstâncias dos fatos trazidos através do boletim de ocorrência.
Por meio de portaria, foi designado o capitão Josias Moura Santos, da Corregedoria do CPR-1 para presidir o inquérito, e nomeado o 2º sargento Danival da Silva Almeida, para servir de escrivão.
A portaria foi publicada no Boletim Geral da Polícia Militar do Estado do Pará, em março deste ano.
O caso também foi denunciado na Delegacia de Polícia Civil de Juruti, um inquérito também foi instaurado para apurar os fatos e as investigações estão em andamento. Ao g1, o delegado Maurilio Silva, titular da DP de Juruti, o aborto não foi consumado.
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