
Rogério Mendonça e Deibson Nascimento foram capturados nesta quinta-feira (4), 50 dias depois da fuga do presídio de segurança máxima que fica no Rio Grande do Norte. Uma mudança na estratégia de buscas pelos fugitivos de Mossoró foi primordial para ajudar a polícia a prender os criminosos Rogério Mendonça e Deibson Nascimento 50 dias depois da fuga do presídio de segurança máxima que fica no Rio Grande do Norte.
Foi preciso que a polícia “recuasse” e que os criminosos tivessem acesso a celulares e ajuda de criminosos de outros estados, o que permitiu que as áreas de inteligência da polícia atuassem mais nas buscas. É o que explica o repórter da GloboNews Bruno Fontes em entrevista ao podcast O Assunto desta sexta-feira (5).
“Na segunda vez que Lewandowski [ministro da Justiça e Segurança Pública] vai para lá, já em março, um dia antes de completar 30 dias, já há uma mudança na estratégia.”
Fugitivos de Mossoró: a estratégia de captura
Em 13 de março, o ministro da Justiça e Segurança Pública desembarcou no Rio Grande do Norte para uma reunião com policiais da Força Tarefa responsável pelas buscas aos fugitivos. Após a reunião, Lewandowski afirmou que os criminosos tinham ajuda externa e que a investigação tinha “fortes indícios” de que fugitivos continuavam na região.
“Só que, claro, isso é uma contrainformação que eles estão fazendo ostensivamente essa busca por esses dois bandidos. Mas aí a inteligência já começa a ‘recuar’, esses policiais daquela região rural, para que os dois tenham de novo celulares e eles consigam interceptar de novo esses dois bandidos.”
Como explica Bruno, várias gravações de telefônicas eram de bandidos do Rio de Janeiro interessados em ajudar esses homens para que eles fossem “uma moeda de troca” e depois ajudassem a facção local.
“Dos oito celulares, dois estavam grampeados, e a polícia precisava que ele se comunicassem. A partir do momento que eles começam e eles têm essa rede telefônica, cada vez mais os policiais federais vão se aproximando.”
Ouça a íntegra do episódio aqui.
Fugitivos de presídio federal em Mossoró, em imagem após a recaptura
Reprodução