Cientista foi reconhecido pela teoria do “Bóson de Higgs” Foto de 2016 do físico Peter Higgs
David Moir/Reuters
O cientista britânico Peter Higgs, ganhador do Prêmio Nobel de Física em 2013, morreu na segunda-feira aos 94 anos, anunciou a Universidade de Edimburgo nesta terça-feira (9).
“Morreu pacificamente em sua casa na segunda-feira, 8 de abril, depois de uma curta enfermidade”, informou a universidade em nota.
Higgs recebeu o prêmio por seu trabalho em 1964, mostrando como o bóson ajudou a unir o universo ao dar massa às partículas. O Nobel foi partilhado com François Englert, um físico belga.
Partícula de Deus
Higgs recebeu o prêmio por descobrir a partícula que torna possível a existência de tudo e de todos.
O “Bóson de Higgs”, ou a partícula de Deus, é uma peça fundamental, uma espécie de cola, que une todas as outras.
A partícula é uma das peças fundamentais para ajudar os cientistas a entender como a matéria se formou após o Big Bang, a explosão que teria dado origem ao universo, há cerca de 13 bilhões de anos.
Como é invisível, é difícil entender e pesquisar a existência do Bóson de Higgs. Os pesquisadores demoraram quase 50 anos para receber o prêmio Nobel porque, somente em 2012 foi possível provar que estavam certos.
Foi preciso construir um acelerador de partículas, um tubo de 27 quilômetros de extensão na fronteira da França com a Suíça. Nele, os cientistas provocaram choques de núcleos de átomos em altíssima velocidade. Com a separação, os pesquisadores finalmente puderam perceber um rastro do Bóson de Higgs.