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Três dos policiais envolvidos na ação dispararam quase 20 vezes durante a abordagem, segundo informações da ocorrência. Um dos tenentes foi filmado arrastando um corpo, conforme apurou a TV Anhanguera. Policiais militares Wellington Soares Monteiro, Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira, Wandson Reis dos Santos, Pablo Henrique Siqueira e Silva, Allan Kardec Emanuel Franco e Diogo Eleuterio Ferreira
Reprodução/TV Anhanguera
Um suposto confronto em Goiânia resultou na prisão de seis policiais do Comando de Operações de Divisas (COD). Um dos PMs foi filmado atirando contra um carro e tirando uma arma de uma sacola durante uma ação policial em Goiânia. Nesta reportagem, veja como teria agido cada policial preso.
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Segundo informações do boletim de ocorrência, três, dos quatro policiais presos no dia 6 deste mês, atiraram durante o suposto confronto; veja:
Tenente Wandson Reis dos Santos: efetuou 7 disparos de fuzil;
Sargento Wellington Soares Monteiro: efetuou 9 disparos de carabina;
Sargento Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira: efetuou 2 disparos de fuzil;
Soldado Pablo Henrique Siqueira e Silva: não efetuou disparos e não teve mais detalhes da atuação no confronto divulgados.
Conforme informações obtidas pela TV Anhanguera, os dois policiais presos na última quinta-feira (11), suspeitos de participação no confronto tiveram a seguinte atuação:
Tenente Allan Kardec Emanuel Franco: Foi filmado arrastando um corpo no vídeo feito pelo celular de um dos mortos;
Soldado Diogo Eleuterio Ferreira: Atuou como motorista do tenente Franco e assistiu à ação.
O que diz a defesa deles?
Em nota assinada pelos advogados José Patrício Junior e Antonio Celedonio Neto, a defesa dos seis policiais optou por não comentar sobre o vídeo e as informações divulgadas até o momento, justificando que aguarda os procedimentos judiciais em andamento.
A defesa ressalta o princípio da inocência, expressa solidariedade à família dos mortos e manifestou preocupação com a divulgação de “informações equivocadas”, que poderia influenciar negativamente a presunção de inocência dos policiais envolvidos.
Segundo os advogados, o vídeo do suposto confronto será submetido à perícia e a defesa se compromete a esclarecer os fatos à imprensa com o decorrer das investigações avançarem e a ação penal for proposta, desde que não haja caráter sigiloso (veja nota completa no fim da reportagem).
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Em nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública de Goiás informou que eles serão encaminhados ao presídio militar. As prisões do dia 6 aconteceram em ação conjunta da Polícia Civil com a Corregedoria da Polícia Militar. Dois deles foram presos em Goiânia, um em Senador Canedo e um em Anicuns.
Um vídeo exclusivo da TV Anhanguera mostra quando o sargento Wellington Soares Monteiro e o soldado Pablo Henrique Siqueira e Silva são levados à delegacia (assista abaixo).
Vídeo mostra quando dois PMs envolvidos em suposto confronto são levados à delegacia
Três dos policiais militares envolvidos na ação dispararam quase 20 vezes durante a abordagem, segundo informações do boletim de ocorrências. No documento não consta a quantidade de tiros que os suspeitos teriam disparado.
Policiais militares Wellington Soares Monteiro, Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira, Wandson Reis dos Santos e Pablo Henrique Siqueira e Silva
Reprodução/TV Anhanguera
Registro em homicídio
O tenente Wandson Reis Dos Santos e o sargento Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira, investigados por participarem do suposto confronto no Setor Jaó, também respondem a um processo por homicídio em um confronto em novembro de 2023, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás.
Conforme apurado pela TV Anhanguera, na ocasião, os policiais patrulhavam na GO-174 quando viram um homem andando próximo a rodovia. Segundo o boletim de ocorrência, ao tentar abordá-lo, ele atirou contra os agentes, que revidaram e atingiram o homem, que morreu no local.
O relatório da Polícia Científica aponta que a arma do homem foi retirada do local antes da chegada dos peritos e, por isso, não tiveram mais informações sobre a dinâmica do ocorrido. Conforme consulta pública, Wandson, Marcos e outros dois policiais respondem por esse homicídio.
Confronto
PM é filmado atirando contra carro e colocando arma dentro de veículo
A ação aconteceu na última segunda-feira (1º), no Setor Jaó. Os policiais do Comando de Operações de Divisas (COD) relatam que receberam informações de três homens que teriam fingido ser policiais e invadido uma fazenda para tentar sequestrar um rapaz e cobrar uma dívida. Sem sucesso, o trio teria extorquido e ameaçado os moradores de morte.
Segundo o relato da ocorrência, os três ainda teriam invadido a casa do homem que devia para eles e, por não encontrá-lo, roubaram vários eletrodomésticos. Com os detalhes do carro usado pelo trio, os policiais teriam iniciado uma busca pelo veículo e o localizado com dois dos três suspeitos.
Os policiais afirmam que, ao tentar abordar o veículo, eles foram recebidos com diversos disparos de arma de fogo e, por isso, teriam revidado. Relatam ainda que os dois suspeitos foram atingidos na troca de tiros. Um deles morreu no local e o outro foi socorrido, mas morreu no hospital.
No relato, os policiais dizem ainda que os dois suspeitos tinham uma “extensa ficha criminal” pelos crimes de extorsão, estelionato, tráfico de drogas, ameaça, lesão corporal, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, receptação, extorsão e cárcere privado.
PMs envolvidos em suposto confronto que terminou com duas mortes são presos
Nota defesa dos PMs
Os advogados subscritores, informam que mobilizados para formular a defesa técnica dos Policiais Militares componentes do Comando de Operações de Divisas envolvidos na Ocorrência na Cidade de Goiânia-GO.
Incialmente a defesa esclarece não só aos meios de comunicação, mas a toda sociedade goiana que confia na atuação da Polícia Civil e no Comando Correcional da Policia Militar que juntas buscam esclarecer a realidade de como se desdobraram os fatos.
Acerca das notícias veiculadas nos meios de comunicação, a defesa técnica vem esclarecer alguns pontos relevantes sobre o caso:
A defesa técnica informa que, por hora não irá comentar sobre o vídeo e as informações até agora veiculados, de forma que irá aguardar a realização dos procedimentos judiciais que estão em deslinde.
É necessário dizer que deve-se observar antes de qualquer pré julgamento, que no Brasil vigora o princípio da inocência.
A defesa ombreia a dor da família enlutada, todavia não pode permitir que informações equivocadas em relação ao caso se perpetuem através do meios de comunicação, onde tem noticiado inverdades formando um prejulgamento com relação ao caso envolvendo os valorosos Policiais Militares, violando assim a presunção de inocência.
A defesa informa que o vídeo já veiculado nas plataformas de notícias, será encaminhado para perícia a fim de verificar e constatar de forma inequívoca o horário da abordagem.
A defesa informa ainda que, com a evolução das investigações bem com a propositura da Ação Penal e esta não adquirindo o caráter sigiloso, estará à disposição para esclarecer novamente à imprensa sobre os fatos, visando restabelecer a verdade do ocorrido.
Por derradeiro cabe dizer que, os defensores legalmente autorizados à prestarem esclarecimentos sobre o caso são apenas subscritores, assim, qualquer informação advinda de outro Advogado dever ser por hora ignorada.
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