Puxado por cautela com gastos de início do ano, nº de famílias endividadas cai em dezembro no Acre


De acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Comércio, índice teve leve redução entre o mesmo mês em 2023 e o ano passado. Estimativa, porém, é que o número volte a crescer a partir de março. Número de famílias endividadas no Acre caiu entre dezembro de 2023 e 2024
Reprodução/TV Globo
Um estudo da Confederação Nacional do Comércio (CNC) revelou que o número de famílias endividadas caiu no mês de dezembro no Acre em 2024 na comparação com 2023. O índice teve uma leve redução, de 78,5% para 77,3% entre o mesmo mês em 2023 e o ano passado.
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De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre (Fecomércio/AC), que integra a CNC, os números também tiveram queda entre novembro e o último mês do ano passado. Neste recorte, o índice caiu 0,2%, de 77,5% para 77,3%.
A Fecomércio também indicou que o número de famílias com algum tipo de conta em atraso saiu de 46.389 em novembro para 44.005 em dezembro.
“O mesmo se pode observar no número de famílias que afirmaram não terem condições de pagar suas dívidas, saindo de 16.959 delas em novembro para 15.472 em dezembro de 2024”, acrescentou a federação.
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Ainda assim, o percentual de famílias endividadas do estado continuou acima da média nacional, que variou de 77,6% para 76,7% entre dezembro nos dois anos. Em todo o país, ainda segundo a CNC, o endividamento das famílias diminuiu ao longo do ano passado, caindo de 78,1% em janeiro para 76,7% em dezembro.
“Tal redução se deu por conta do aumento da taxa básica de juros, o que dificultou a concessão de crédito e, pela cautela para a realização de gastos, motivada pelas despesas rotineiras de início de ano, como matrículas escolares, material escolar e impostos. Há tendência de que, para os próximos meses, a partir de Março, esse número apresente elevação tanto no número de famílias endividadas, aquelas com dívidas em atraso quanto as que afirmam não terem condições de pagar suas dívidas”, avaliou o assessor técnico da Fecomércio-AC, Egídio Garó.
Bets e a inadimplência
Perdas com os gastos em bets e jogos pode chegar a R$ 1,3 bilhão no Acre
Victor Lebre/g1
Os gastos com os sites de aposta, conhecidos como ‘bets’ e cassinos online, como ‘Jogo do Tigrinho’, podem causar perdas de até R$ 1,3 bilhão à economia do Acre, segundo uma estimativa da CNC.
O estudo verificou que, em todo o país, as apostas e jogos de azar representaram um gasto de R$ 240 bilhões em 2024.
A CNC também concluiu que 1,8 milhão de pessoas ficaram inadimplentes por conta de gastos desenfreados com bets e jogos, e que o público mais atingido foi o das famílias de menor renda. A maior parte da inadimplência é relacionada a cartões de crédito.
“A relação entre a inadimplência e a epidemia de apostas on-line é significativa. No Brasil, as apostas on-line têm levado muitas pessoas a gastar uma parte considerável de sua renda em jogos de azar, resultando em um aumento da inadimplência”, acrescenta a pesquisa.
Resumão: Regras para bets; Morte no aeroporto e Tempo no feriado
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