O desembargador aposentado do TRT – 8ª Região dedicou quase 50 anos de vida à magistratura, mas jamais abandonou a música. Vicente José Malheiros da Fonseca ao piano
Arquivo pessoal
O santareno Vicente José Malheiros da Fonseca, 76 anos, que dedicou quase 50 anos de sua vida à magistratura, desde que assumiu o cargo de Suplente de Juiz Presidente de Junta de Conciliação e Julgamento de Santarém, oeste do Pará, no dia 06 de abril de 1973 até sua aposentadoria como Desembargador do do TRT – 8ª Região, tem duas grandes paixões: a música e a família.
Nesta reportagem especial, o g1 faz um mergulho na trajetória vitoriosa de Vicente José Malheiros da Fonseca na magistratura, em alguns de seus muitos feitos e em sua história com a música.
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Vicente José Malheiros da Fonseca nasceu em Santarém no dia 11 de março de 1948, filho de Wilson Fonseca (Maestro Isoca) e Rosilda Malheiros da Fonseca. Herdou a tradição musical da família, que começou com seu avô paterno, José Agostinho da Fonseca (1886-1945). Tradição, aliás, que já está na quinta geração.
Iniciou o estudo da música, especialmente do piano, com o pai, em Santarém, ainda na infância. A vida escolar foi iniciada no Externato “Santa Inês”, dirigido pela Professora Sofia Imbiriba e, depois, foi para o Colégio Dom Amando.
Wilson Fonseca e Rosilda Malheiros da Fonseca com familiares na celebração de bodas de ouro em 1991
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Na adolescência, Vicente foi sacristão na Catedral de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da Arquidiocese de Santarém, inclusive tocou órgão em missas celebradas no templo religioso.
“Joguei bola, tomei banho de rio e no igarapé do Irurá, empinei papagaios e outras diversões tão gostosas e inesquecíveis, temas de músicas que compus. Participei de diversos literomusicais apresentados no Centro Recreativo, conhecido clube social da Pérola do Tapajós, assim como na Casa da Cultura”, recordou Vicente.
No início da década de 60 (1962 e 1963) foi morar com o tio Wilmar Fonseca, em São Paulo, onde estudou no Instituto Padre José Maurício, dirigido pelas Professoras Rachel e Gioconda Peluso, santarenas. Como já tinha iniciação musical, fez um curso intensivo de piano e teoria musical no conservatório, mas sempre teve orientações de seu pai. Nesse período terminou o curso ginasial no Lyceu Coração de Jesus, na capital paulista.
Em 1964 retornou a Santarém e ao Colégio Dom Amando, onde fez o curso científico (colegial), até 1966, antes de ingressar na Universidade.
Conjunto Tapajoara no ano de 1964
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Em Santarém, Vicente participou de conjuntos musicais, inclusive na animação de festas dançantes, tocando teclados eletrônicos no conjunto musical Os Hippies criado por Odilson Matos. Mais tarde foi a vez de seu irmão José Agostinho da Fonseca Neto (Tinho) também integrar os Hippies como músico.
Vicente José Malheiros da Fonseca integrou as bandas Tapajoara e Os Tapajônios; a Banda Marcial do Colégio Dom Amando, como líder do naipe de sopros; e a Filarmônica Municipal Prof. José Agostinho, tocando instrumentos de metais (sax-horn ou trompa, trombone de piston e barítono, semelhante ao eufônio ou bombardino).
Banda Municipal Professor José Agostinho na década de 60
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Participou de programas de auditório, em grupos musicais, para acompanhar, no teclado eletrônico, os calouros que se apresentavam na casa de espetáculo Cristo-Rei (hoje, Centro de Artesanato do Tapajós), no Domingo após a Missa e no E-29 Show, conduzidos pelos radialistas Osmar Simões, Ércio Bemerguy e Edinaldo Mota. Os programas eram transmitidos, ao vivo, pela então Rádio Educadora de Santarém. Naquele tempo ainda não havia televisão na Pérola do Tapajós.
“Em 1970, ao lado de uma plêiade de jovens idealistas, participei ativamente da organização e da realização de um dos maiores movimentos artísticos populares dos últimos tempos de Santarém – o 1º Festival de Música Popular do Baixo-Amazonas. Nessa época, eu já residia em Belém, onde fazia o curso de Direito na Universidade Federal do Pará”, contou.
José Agostinho da Fonseca Neto, Vicente José Malheiros da Fonseca (violões) e João Otaviano Matos na Semana de Santarém, no Theatro da Paz em outubro de 1972; ao fundo, Emir Bemerguy
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Vicente também participou ativamente da Semana de Santarém, em 1972, no Theatro da Paz, em Belém, como compositor e intérprete.
Mudança de Santarém
Em 1967, Vicente foi para Belém, para fazer o vestibular para o curso de Direito na UFPA, uma vez que Santarém ainda não ofertava curso superior. Ele foi aprovado em 3º lugar, sem ter feito cursinho preparatório e se formou em 1971.
Retornou a Santarém no ano de 1973, para exercer o cargo de Suplente de Juiz Presidente da Junta de Conciliação e Julgamento (atualmente, 1ª Vara do Trabalho). Em 1975, após ter sido aprovado em 1º lugar no concurso público para ingresso na magistratura trabalhista de carreira, Vicente voltou para Belém. Após o ingresso na carreira da magistratura, atuou nas Juntas de Conciliação e Julgamento de Parintins (AM), Abaetetuba (PA), Castanhal (PA), Capanema (PA), Breves (PA), Macapá (Amapá) e Boa Vista.
Vicente José Malheiros da Fonseca na posse como Juiz do Trabalho Substituto em 1975
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De 20 de abril 1993 a 13 de agosto de 2021, Vicente José Malheiros da Fonseca foi Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região. Mesmo vivendo distante da terra natal, Vicente nunca esqueceu suas raízes.
“Embora morando na capital paraense e outras cidades da região amazônica, por motivos profissionais, o meu umbigo está plantado na terra querida e sempre estive culturalmente vinculado à Perola do Tapajós”, assegurou.
Casamento com trilha especial
Foi na década de 70, que Vicente José Malheiros da Fonseca começou a formar família. O casamento com a amada Neide Teles Sirotheau da Fonseca (engenheira civil de formação) foi realizado no dia 07 de fevereiro de 1976, na Igreja Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém.
A cerimônia foi celebrada pelo Frei Vianney Miller, que ainda vive em Santarém. E a troca de alianças de Vicente e Neide aconteceu em meio à execução da música “Acalanto”, de autoria do santareno, uma surpresa de Neide para ele, que compôs a música para ela na época do namoro. A música foi tocada no órgão da basílica. Vicente guarda no coração aquele momento especial e de grande emoção.
Vicente Malheiros da Fonseca com esposa Neide e os filhos Vicente Filho, Lorena e o filho Adriano, nas comemorações dos seus 70 anos
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Do casamento com Neide nasceram três filhos: Vicente Filho, Adriano e Lorena Fonseca. A família cresceu e ficou ainda mais bonita e feliz com o nascimento de quatro netos.
🧐 Curiosidade sobre Acalanto
A composição “Acalanto”, de 1971, foi executada, em primeira audição, com arranjo orquestral elaborado por Wilson Fonseca (Maestro Isoca), na “Semana de Santarém”, realizada em 1972, no Theatro da Paz, em Belém (PA), pela Orquestra e Madrigal da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Outra ocasião importante na vida de Vicente que contou com a apresentação da música Acalanto foi a solenidade de posse na Academia Paraense de Letras (Cadeira nº 34), no dia 16 de novembro de 2023. A música foi cantada pela soprano paraense Márcia Aliverti, acompanhada, ao piano pelo sobrinho de Vicente, Maestro José Agostinho da Fonseca Júnior.
Paixão pela música 🎶
Vicente José Malheiros da Fonseca sempre teve incentivo do pai, Maestro Isoca, para a música. Na juventude, tocou diversos instrumentos musicais de sopro, violão, órgão, escaleta, entre outros. Mas seu instrumento principal é o piano🎹.
Com a música correndo nas veias, Vicente fez sua primeira composição musical com menos de 10 anos de idade. A canção intitulada “Experimentar”, composta em 1958 foi dedicada por Vicente ao tio Wilmar Fonseca, autor da letra da Canção de Minha Saudade, com música de Wilson Fonseca. Vicente guarda até hoje a partitura da música 🎼 que ele considera uma relíquia”.
Vicente Malheiros da Fonseca compondo musica, com violão e piano na década de 70 em Santarém-PA)
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“A música sempre foi a minha grande paixão, além da família”.
A grande maioria das composições de Vicente foi elaborada em Santarém e em Belém. Mas ele também já compôs músicas nas cidades de Boa Vista (RR), Manaus (AM), Macapá (AP), Abaetetuba e Marabá (PA), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo e Campos do Jordão (SP), Brasília (DF), Florianópolis (SC), Bonito (MS), Fortaleza (CE), e até do exterior, como Madrid (Espanha), Lisboa (Portugal), Lyon, Chamonix – Mont-Blanc e Paris (França), Roma (Itália).
Também já aconteceu de Vicente iniciar uma composição em uma cidade, prosseguir em outra e concluir em uma terceira.
Vicente Malheiros da Fonseca tocando ao piano em Roma, Itália
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Há muitos anos vem compondo a série de “Valsas Santarenas” – atualmente com 145 peças -, inspiradas na terra natal. As composições são destinadas ao piano solo, mas com alguns arranjos camerísticos, incluindo violão, flauta, e uma para coro e orquestra.
A “Valsa Santarena”, primeira da série, foi composta por Vicente, com esse título, em 1981, em Santarém. Mas, ele incorporou à coletânea outras valsas que compôs desde 1972.
“Esse vínculo com Santarém despertou-me a vocação de compositor. Embora fora de minha terra natal, muitas de minhas composições foram feitas na Pérola do Tapajós, na casa de meus pais, onde eu passava deliciosas férias. Ah! Aqueles pianos, aquelas paisagens, aquele clima mocorongo…Quanta saudade!…”
Casa da família Fonseca em Santarém-PA
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O catálogo da obra musical de Vicente Malheiros da Fonseca registra mais de 2.500 peças, em diversos gêneros (canto, coral, piano solo e a 4 mãos, sacras, violão, banda, conjuntos camerísticos para formações instrumentais e/ou vocais e peças orquestrais); mais de 190 hinos dedicados a diversas instituições jurídicas, literárias, acadêmicas, científicas e educacionais, como o Hino da Justiça do Trabalho composto em 1998 e oficializado, em âmbito nacional, pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho, em 2012.
Reconhecimento e premiações
O reconhecimento ao talento musical já rendeu diversas gravações das músicas de Vicente José Malheiros da Fonseca, em discos, inclusive no exterior:
CDs “Sinfonia Amazônica” (volumes 1 e 2), pelo Coral e Orquestra Jovem “Maestro Wilson Fonseca”;
CD “Raízes – Um Piano na Amazônia”, gravado no Auditório Musibéria, Serpa, Portugal (abril de 2018), pela pianista gaúcha Carla Ruaro;
CD “Família Fonseca: Do Erudito ao Popular”, gravado pelo Trio de Flauta, Violoncelo e Flauta (Frederico Mendes de Oliveira Mil Homens – Flauta; Samuel Pessatti – Violoncelo; e Cleusa Marisa Rosati – Piano, e lançado no Concerto de Música de Câmara, promovido pelo Projeto SESC Partituras, no Centro Recreativo, em Santarém, em 17 de novembro de 2018, em comemoração ao aniversário natalício de Wilson Fonseca, falecido em 2012.
Vicente, Wilson Fonseca e Neide Fonseca – lançamento do CD Duo Pianístico da UFPA, em Belém, em 1995
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Vicente já foi premiado em 3º lugar no Concurso de Compositores Paraenses, promovido pela TV-Guajará (Canal 4, Belém-PA) e Academia de Música Alencar Terra, com a música Canção a um grande amor, executada, ao vivo, pela Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Pará (1970).
Foi um dos quatro vencedores do Concurso Internacional de Composição 2006, promovido pelo Quinteto Amizade, de Brasília (DF), com a música Irurá, um chorinho, para Quarteto de Cordas e Percussão.
Também venceu o Concurso Nacional de Composição de Música Sacra, com a obra Maria – Ave Maria dos Migrantes (Coro a 4 vozes mistas e Órgão de tubo, com pedal), promovido pela Paróquia Nossa Senhora de Boa Viagem – Igreja Matriz de São Bernardo do Campo (SP). Essa obra musical, Vicente dedicou ao Papa Francisco, de quem recebeu uma Bênção Apostólica em 2013.
Sonho de criança x Realidade
Quem vê o histórico do desembargador aposentado Vicente José Malheiros da Fonseca talvez nem imagine que ele nem pensava em ser magistrado. Seu sonho de criança era ser maestro ou pianista 🎹. Mas como diz o ditado: “O mundo dá muitas voltas”🌎.
Poucos anos após a formatura no curso de Direito, Vicente prestou concurso público de provas e títulos para a magistratura, foi aprovado e logo se tornou juiz trabalhista👨🏻⚖️, profissão que ele considera muito gratificante. E a música?… Ah, a música!!! 🎶 Vicente jamais abandonou.
Vicente Malheiros da Fonseca: na primeira foto, aos 5 anos de idade; na segunda foto, como magistrado no TRT8
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Na carreira jurídica, exerceu todos os cargos da magistratura de carreira, no âmbito da 8ª Região Trabalhista. Agora, como aposentado, pode dedicar-se, com mais tempo, à composição musical.
No magistério, foi contemplado com o título de Professor Emérito, pela Universidade da Amazônia (Unama).
“Eu costumava dizer que estava Magistrado ou Professor, profissões que exerci com grande satisfação – magistrado trabalhista por mais de 48 anos e professor durante 30 anos. Porém, sinto que sou músico, a minha essência mais profunda, certamente por tradição familiar ou talento que Deus me proporcionou, especialmente no âmbito da composição musical”.
Wilson Fonseca e Vicente Malheiros Fonseca tocando piano a 4 mãos, com Agostinho Neto observando, no Centro Recreativo de Santarém em 1966
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Ao longo de sua trajetória, além de apreciar a chamada música erudita (Bach, Beethoven, Mozart, Chopin, Villa-Lobos, Wilson Fonseca e tantos outros mestres), Vicente tem se dedicado à composição musical. Cada composição musical que escreve é um momento de inspiração e de emoção.
🧐 Curiosidade do dia da formatura
A ligação de Vicente com a música é tamanha, que momentos antes da solenidade de colação de grau como bacharel em Direito, em 1971, realizada no Tribunal de Justiça do Estado do Pará, ele participava de um Festival de Música, no auditório do SESC-Belém. De lá, ele teve que sair correndo🏃🏻 para chegar a tempo de vestir a beca 👨🏼🎓, receber o anel e o diploma de graduação universitária.
“E mais uma vez pude compatibilizar a arte de Euterpe com a vocação profissional pela espada de Têmis, como sempre fiz durante o período em que exerci a magistratura e o magistério”, afirmou.
Quando tomou posse como Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (dezembro/1998), proferiu a oração A Toga e a Lira, pois sua vida sempre esteve ligada à música, por tradição de família, e ao direito, em razão de seu trabalho, na magistratura e no magistério.
Para Vicente, a música e o direito são instrumentos de transformação cultural. De tal modo, que se o regente é o maestro da Orquestra, o magistrado é o regente da orquestra social.
“Música e Direito, dois universos que aparentam serem díspares. Na verdade, são mundos que dialogam, se encontram e se completam, para compreensão da justiça. Ambos, maestro e magistrado, devem coordenar o som da orquestra e os conflitos sociais, com harmonia e sabedoria, em busca da paz”.
Imortal
Por toda a trajetória musical, Vicente José Malheiros da Fonseca é Imortal da Música Erudita Brasileira. Desde 2019, integra os quadros da Academia de Música do Brasil, sediada no Rio de Janeiro, como Titular da Cadeira nº 27, cujo Patrono é seu pai, Wilson Fonseca. É vice-presidente dessa entidade acadêmica, presidida pelo musicólogo e crítico paulista Luís Roberto Von Stecher Trench.
Posse de Vicente Jose Malheiros da Fonseca na Academia de Música do Brasil
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Em 2011 ingressou na Academia Paraense de Música, em sucessão a seu pai, como titular da Cadeira nº 24, cujo Patrono é José Agostinho da Fonseca, seu avô paterno.
Vicente foi contemplado com o Título de Doutor Honoris Causa pela Academia de Música do Brasil, Academia de Musicologia do Brasil e Academia de Música de São Paulo.
Posse de Vicente Jose Malheiros da Fonseca na Academia Paraense de Música
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O santareno integra outras 19 academias de: musicologia, música, artes, história e filosofia. É membro do Instituto Histórico e Geográfico do Pará e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, membro honorário do Instituto dos Advogados do Pará, sócio benemérito da Academia Vigiense de Letras (Vigia de Nazaré-PA) e sócio honorário da Academia Paraense de Jornalismo.
🧐🧐Curiosidades
👨🏻⚖️ A primeira sentença sobre trabalho escravo, no âmbito da Justiça do Trabalho, no Brasil, foi dada por Vicente José Malheiros da Fonseca em 1976, na condição de juiz do trabalhista substituto, em Abaetetuba (PA). A sentença com mais de 100 páginas, foi destacada na Tese de Doutorado defendida pelo juiz de direito, o paraense Dr. Elder Lisboa Ferreira da Costa (já falecido).
📄 Referências sobre a sentença podem ser encontradas no livro “Escravidão no Brasil – Os pilares da OIT e o discurso internacional – Há escravos no Brasil?”. A sentença é objeto de estudos, dissertações e teses acadêmicas, no Brasil e no exterior.
Primeira sentença sobre trabalho escravo foi proferida por Vicente José Malheiros da Fonseca
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O nome de Vicente José Malheiros da Fonseca figura no livro “Música e Músicos do Pará”, 3ª edição (corrigida), Belém: Governo do Estado do Pará/Fundação Cultural do Estado do Pará, 2016, p. 262-263, de autoria do musicólogo paraense Vicente Salles (falecido).
Em 2021, foi publicada a obra coletiva “Transformações e Desafios à Efetividade dos Direitos e Garantias Fundamentais”, Editora LTr, São Paulo, 2021, sob a coordenação e organização do Juiz do Trabalho e Professor Océlio de Jesus Carneiro de Morais, que reúne estudos escritos por diversos juristas (inclusive a Ministra Rosa Weber, que foi Presidente do Supremo Tribunal Federal, hoje aposentada), em homenagem a Vicente José Malheiros da Fonseca.
Vicente José Malheiros da Fonseca exibe livro feito em sua homenagem
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✍🏻 Criou o “Fundo de Garantia das Execuções Trabalhistas”, tese que defende há mais de 45 anos, incorporada ao art. 3º da Emenda Constitucional nº 45/2004 (Reforma do Poder Judiciário), pendente de regulamentação por lei ordinária, para agilizar e tornar mais eficaz o cumprimento das sentenças proferidas pela Justiça do Trabalho.
Saiba mais sobre Vicente José Malheiros da Fonseca
Vídeos
Veja abaixo o vídeo com a gravação do “Hino da Justiça do Trabalho” (Vicente Malheiros da Fonseca), executado pelo Coro e Orquestra Jovem “Maestro Wilson Fonseca”, de Santarém, sob a regência do Maestro José Agostinho da Fonseca Neto (Tinho):
Música “Um Poema de Amor” (Wilson Fonseca), por Vicente Malheiros da Fonseca ao piano. Vídeo:
Música “A lenda da vitória-régia” – (Canção – Samba), com letra de Emir Bemerguy e música de Vicente José Malheiros da Fonseca. Vídeo:
Música: No Azul do Tapajós (Choro). Música: Vicente José Malheiros da Fonseca – Corne Inglês e Piano. Vídeo: