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Secretaria de Segurança Pública ofereceu proposta de 10% de reajuste parcelado, o que não foi aceito pela categoria. Policiais realizam novo protesto em frente à residência do governador da Paraíba
Pedro Hugo/TV Cabo Branco
Os policiais civis, militares e penais da Paraíba realizam, na manhã desta sexta-feira (21), mais um protesto em frente à Granja Santana, residência oficial do governador, em João Pessoa. Na última sexta-feira (14), eles haviam feito uma manifestação no mesmo local.
O objetivo da manifestação, segundo a organização, é a busca por melhorias na remuneração de toda a categoria, como detalhou Suana Melo, uma das representantes da movimentação.
“Aqui o interesse dos profissionais da segurança é valorização e reconhecimento. Os policiais trabalharam para produzir os melhores resultados, mas infelizmente as propostas que o governo apresentou ontem, as propostas que apresentaram, não fazem com que os policiais cheguem à média nordeste”, disse à radio CBN.
Suana Mels, presidente da Asociação dos Policiais Civis, disse à TV Cabo Branco que a categoria recebeu, da Secretaria de Segurança Pública, uma proposta de 10% de reajuste salarial parcelado, que não foi aceita pela categoria.
Segundo a representante dos policiais, um policial civil investigador, no início de carreira, ganha na faixa salarial de R$ 6 mil. Ela disse que a categoria exige a média do Nordeste, que chega por volta de R$ 13 mil.
Os manifestantes interditaram uma das faixas da Avenida Ministro José Américo de Almeida, a Beira-Rio, onde a Granja Santana fica localizada. Eles realizaram uma assembleia geral unificada para deliberar os próximos passos do movimento e, em seguida, liberaram a via.
Quarta manifestação em 2025
O protesto desta sexta-feira (21) é o quarto em 2025. Na última sexta-feira (14), eles protestaram tambén na Granja Santana. Já nos dias 8 e 22 de janeiro, os policiais realizaram manifestações em outros pontos de João Pessoa.
No dia 22 de janeiro, os policiais se reuniram na Epitácio Pessoa. De acordo com informações da TV Cabo Branco, os policiais realizaram uma assembleia unificada na orla de Tambaú e, em seguida, participaram de uma passeata pela avenida, uma das principais vias da capital. O trânsito ficou lento no local, com uma das faixas sendo interrompida. A manifestação seguiu em direção à sede da Vice-Governadoria da Paraíba.
“O Governo desvaloriza a polícia quando vem e faz uma proposta que não coaduna com nossas necessidades. Na verdade, ele apresentou 5% de aumento para os servidores de uma forma geral, situação que não nos atende.. Primeiro que, para polícia, não cai como 5% porque há uma incorporação de uma bolsa que ele diz que é um aumento de 20%, não. É uma bolsa de desempenho que está atrelada ao nosso vencimento que já temos essa bolsa, quando essa bolsa é atrelada começa a incidir imposto. Ou seja, o policial perdeu dinheiro”, afirmou Wágner Falcão, presidente da Associação dos Policiais Penais da Paraíba.
Já no dia 8 de janeiro, o protesto teve início na frente do Centro Administrativo do Estado da Paraíba, em Jaguaribe, e seguiu com destino ao Centro.
Em nota, o Governo do Estado disse que tem investido na “valorização profissional e na melhoria da infraestrutura para assegurar melhores condições de trabalho”. Entre as medidas adotadas, a administração estadual cita a incorporação da bolsa desempenho ao salário, e o reajuste linear de 5%.
Disse ainda que reforçou os quadros das forças de segurança, com mais de 2.800 vagas, e o ingresso de novos oficiais.
Os policiais cobram uma negociação com o Governo da Paraíba, e dizem que até o momento não houve nenhuma sinalização nesse sentido.
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