Greve de professores e técnicos do IFSP deixa 3,2 mil estudantes sem aulas em Campinas e Hortolândia


Atividades não essenciais foram paralisadas em ambos os campi, diz sindicato. Reivindicações dos servidores incluem reestruturação de carreira e recomposição salarial e orçamentária. IMAGEM DE ARQUIVO: fachada do campus do IFSP em Hortolândia (SP)
Reginaldo Prado
Cerca de 3,2 mil estudantes estão sem aulas por conta da paralisação de professores e técnicos-administrativos do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) em Campinas (SP) e Hortolândia (SP), segundo um levantamento realizado pelo g1.
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De acordo com o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), todas as atividades consideradas não essenciais foram paralisadas em ambos os campi. Além disso, houve adesão da categoria estudantil à greve após uma assembleia.
O movimento paredista é nacional. Professores e servidores das instituições reivindicam reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, e revogação de normas aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro.
Adesão e impactos
Em nota, a diretoria do campus de Hortolândia informou que a adesão à greve ocorreu nesta segunda-feira (15), por tempo indeterminado. “O calendário acadêmico do campus Hortolândia está mantido e esta possibilidade será reavaliada no decorrer do processo”, diz o texto.
“As atividades planejadas para o ano letivo e que não forem realizadas durante o período de greve serão reorganizadas e repostas oportunamente no retorno. Assim, estudantes não serão prejudicados por notas e frequências deste período”, informou a diretoria.
Já a diretoria da unidade na metrópole destacou que a greve teve início em 3 de abril. Além disso, disse que “reconhece a legitimidade de suas reivindicações, assim como o direito individual de cada um em decidir pela adesão ou não ao movimento”.
“Durante o estado de greve algumas atividades poderão não ser desempenhadas normalmente, com possíveis atrasos”, complementou, também em nota.
Assembleia realizada no campus do IFSP em Campinas (SP)
Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica/Divulgação
O que diz o MEC?
Procurado pelo g1, o Ministério da Educação (MEC) frisou que “vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias”.
“No ano passado, o governo federal promoveu reajuste de 9% para todos os servidores. Equipes da pasta vêm participando da mesa nacional de negociação e das mesas específicas de técnicos e docentes instituídas pelo MGI, e da mesa setorial que trata de condições de trabalho”, informou.
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