
Além de quatro homens sequestrados em 7 de outubro de 2023, o grupo terrorista liberou dois reféns que estavam detidos em Gaza há 10 anos. Em troca, Israel deve soltar mais 602 prisioneiros palestinos, entre os quais estão 24 mulheres e crianças. Terroristas do Hamas libertam mais seis reféns
Reprodução/TV Globo
O grupo terrorista Hamas libertou, neste sábado (22), mais seis reféns israelenses como parte do acordo de cessar-fogo. Em troca, Israel se comprometeu a soltar 602 prisioneiros palestinos.
Mãos nervosas e olhares fixos na televisão, até que sai a notícia e vêm o alívio e as lágrimas: essa foi a reação da família de Tal Shoham – o primeiro refém a ser solto neste sábado, em Gaza, depois de 505 dias em cativeiro.
A esposa dele e os dois filhos também tinham sido levados do Kibutz Be’eri em 7 de outubro de 2023, mas foram libertados 50 dias depois, na primeira trégua entre Israel e o grupo terrorista.
Amigos e parentes de Avera Mengistu cantaram e dançaram enquanto assistiam à sua entrega à Cruz Vermelha. O etíope-israelense de 39 anos, que tem um transtorno mental, entrou em Gaza por conta própria em 2014 e estava detido desde então. Já em Israel, Avera ganhou abraços apertados dos irmãos.
Cerca de duas horas depois, foram libertados outros três israelenses, sequestrados no festival de música, no sul de Israel, no dia em que os terroristas do Hamas assassinaram 1,2 mil pessoas.
A multidão na praça dos reféns, em Tel Aviv, comemorou com gritos e aplausos a volta para casa de Eliya Cohen, de 27 anos, Omer Wenkert, de 23, e Omer Shem Tov, de 22.
“Sonhei tanto com isso, vocês nem imaginam”, disse Omer Shem Tov aos pais no primeiro abraço em 15 meses.
“Nós também”, eles responderam.
O último refém a ser solto neste sábado foi Hisham al-Sayed. O beduíno árabe-israelense estava detido desde 2015, depois que entrou sozinho em Gaza.
O Hamas libertou Hisham sem fazer uma cerimônia pública, ao contrário de todas as outras libertações, que até agora têm sido usadas pelos terroristas como uma espécie de espetáculo midiático, algo duramente condenado por organizações de direitos humanos.
A primeira etapa do cessar-fogo ainda prevê a devolução de quatro corpos de reféns israelenses até o próximo fim de semana.
Na segunda fase, ainda em negociação, seriam libertados todos os outros reféns que seguem em poder dos terroristas.
O acordo prevê que Israel solte, neste sábado, 602 prisioneiros palestinos, entre eles, 24 mulheres e crianças. Uma mãe que conversou com o Jornal Nacional diz que mal pode esperar a hora de abraçar o filho mais velho.
Mais cedo, o exército de Israel confirmou que o novo corpo enviado na sexta-feira (21) pelo grupo terrorista era mesmo da refém israelense Shiri Bibas, que morreu em cativeiro com os dois filhos pequenos.
LEIA TAMBÉM
ONU condena desfile de corpos de reféns israelenses em Gaza: ‘Desumano’
Guerra em Gaza deixou mais de 48 mil mortos em pouco mais de 1 ano, segundo Hamas