Universidade e institutos federais continuam em greve na região de Sorocaba; veja o que reivindicam os funcionários


Servidores dos campi do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) aderiram à greve nacional nesta segunda-feira (8), enquanto os da UFscar, no campus de Sorocaba, iniciaram a paralisação das atividades administrativas no dia 11 de março Unidade do IFSP em Sorocaba
Divulgação
Mais de 420 servidores públicos dos campi do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) de Sorocaba, São Roque e Salto, e do campus de Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFscar) permanecem em greve (entenda, abaixo, o que reinvidicam os servidores).
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Os servidores dos campi do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) aderiram à greve nacional na última segunda-feira (8). A UFscar, no campus de Sorocaba, iniciou a paralisação das atividades administrativas no dia 11 de março.
Ufscar campus Sorocaba
Google Street View/Reprodução
Os funcionários reivindicam reajuste salarial, reestruturação das carreiras, entre outras. A paralisação dos servidores é por tempo indeterminado. Saiba o que eles reivindicam:
reestruturação das carreiras;
recomposição salarial;
revogação de normas relacionadas à educação que foram aprovadas nos governos Temer (2016-2018) e Bolsonaro (2019-2022), como o novo ensino médio;
reforço no orçamento das instituições de ensino e reajuste imediato de auxílios estudantis.
➡️O que diz o governo?
O Ministério da Gestão afirma que viabilizou, em 2023, um reajuste linear de 9% no salário dos servidores e de 43,6% no auxílio-alimentação. Segundo a pasta, foi o primeiro acordo firmado com as categorias nos últimos 8 anos.
Para 2024, o governo diz que apresentou uma proposta de:
elevar o auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil;
aumentar 51% dos recursos de assistência à saúde;
subir o auxílio-creche de R$ 321 para R$ 489,90.
Esses itens estão sendo debatidos com as entidades educacionais em mesas específicas, segundo o que o Ministério da Gestão disse ao g1. Um relatório final com o plano de reestruturação das carreiras será apresentado em 27 de março à ministra Esther Dweck.
O Sisasefe (sindicato nacional que representa os servidores) confirma que o diálogo dos sindicatos com o governo federal começou em junho de 2023, mas “o governo não mostrou um atendimento compatível às demandas da categoria até o momento”.
“A partir da reunião de 18/12/2023, os servidores federais da Educação Profissional, Científica e Tecnológica passaram a debater a possibilidade de construir uma greve — a qual foi aprovada em 27/03 com deflagração para 03/04”, afirma a entidade de trabalhadores.
Confira a situação de cada campus da região:
São Roque
O campus de São Roque informou que respeita o direito constitucional da greve dos docentes e técnicos administrativos e que cada docente deverá informar às turmas sobre sua adesão ou não à greve.
“Diante deste contexto, a Direção-Geral informa que o calendário acadêmico será mantido, devendo ocorrer a reposição ao fim da greve, de acordo com o Termo de Acordo de Greve, assinado pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e pela reitoria do IFSP.
Ainda de acordo com a direção do campus, não haverá o fornecimento de lanches e refeições no restaurante estudantil durante o período de greve, mas os serviços essenciais, como auxílios, pagamento das bolsas em andamento e Programa de Auxílio Permanência, estágios e questões relacionadas ao seguro dos estudantes serão mantidos.
Nesta quarta-feira (10), o campus informou que o calendário acadêmico administrativo segue normal e que alguns docentes e técnicos administrativos continuam trabalhando normalmente.
Sorocaba
No sábado (6), a diretoria do campus de Sorocaba informou que vai analisar a viabilidade de manutenção do calendário acadêmico, assim como os serviços essenciais, “mediante avaliação do cenário da greve” após segunda-feira (8).
Desde então, não houve nenhuma manifestação a respeito da paralisação.
Já a Ufscar de Sorocaba informou que os técnico-administrativos da UFSCar deflagraram a greve no dia 11 de março. Com isso, há uma paralisação das atividades administrativas, com a continuidade de alguns serviços essenciais, como trato aos animais, execução da folha de pagamento, atendimento de saúde, entre outros. As aulas que não precisam de um não precisam de um técnico administrativo não foram afetadas.
Salto
A direção do campus do IFSP de Salto informou que, assim como campus de São Roque, manterá as atividades essenciais, como auxílios, pagamentos das bolsas em andamento – Bolsa Ensino, Pesquisa e Extensão -, estágios e questões relacionadas ao seguro dos estudantes.
“Cada coordenador, ou o próprio professor, irá informar ás turmas quais as aulas que ocorrerão durante o período de greve”, pontuou.
O campus também informou que não houve assembleia de discentes até esta quarta-feira (10). Quanto aos docentes, 39 de 70 aderiram à greve. Dos 39 técnicos administrativos, oito aderiram à paralisação.
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