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Série do g1 resume, nas palavras dos próprios autores do carnaval das escolas do Grupo Especial, o que será levado para a Sapucaí. Veja o que João Vitor Araújo diz sobre a homenagem a Laíla, lendário diretor de carnaval da escola. g1 no carnaval 2025: conheça o enredo da Beija-Flor
“A intenção não é santificar o Laíla porque ele não era santo, e ninguém era santo. Então, para quem pensa que a gente vai trazer ou Laíla com asinha, com par de asas nas costas… É o Laíla humano, aquele que errava, aquele que acertava, mas que construiu uma história linda dentro do carnaval.”
A homenagem da Beija-Flor ao lendário diretor de carnaval Laíla será dividida em “atos”, segundo disse o carnavalesco João Vitor Araújo ao g1, para a série em que os carnavalescos resumem os enredos de suas escolas (veja no vídeo acima).
Veja o que disse João Vitor sobre o enredo “Laíla de Todos os Santos”:
“É uma homenagem a uma das grandes personalidades do carnaval e uma das principais personalidades do carnaval da Beija-Flor, da história da Beija-Flor. É dividido em duas partes: dos santos e dos sambas.”
“A emoção vai estar à flor da pele. Do nilopolitano pode despedida do Neguinho da Beija-Flor. Então só emoção, só alegria, Beija-Flor, Beija-Flor, Beija-Flor.”
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Contribuição inestimável
Enredo e samba: Beija-Flor de Nilópolis vai eternizar o legado de Mestre Laíla
Reconhecido por seu trabalho na história do carnaval brasileiro, o diretor de carnaval Laíla, que morreu em 2021, será celebrado por sua contribuição inestimável à escola e à cultura carnavalesca.
O enredo resgata sua trajetória e mantém viva a memória de um dos pilares da Beija-Flor, despertando gratidão e admiração entre familiares, integrantes da escola e amantes do samba.
O diretor de carnaval Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, conhecido como Laíla, morreu de Covid aos 78 anos, em 2021. Laíla estava no carnaval havia mais de 50 anos, com passagens principalmente pela Beija-Flor, mas também por Salgueiro, Vila Isabel, União da Ilha e Unidos da Tijuca.
Confira o samba-enredo
Kaô meu velho!
Volta e me dá os caminhos
Conduz outra vez meu destino
Traz os ventos de Oyá
Agô meu mestre
Tua presença ainda está aqui
Mesmo sem ver, eu posso sentir
Faz Nilópolis cantar
Desce o morro de Oyó
Benedito e Catimbó
O alabá Doum
Traz o terço pra benzer
E a cigana puerê
Meu Exu
De copo no palco, sandália rasteira
No chão sagrado toda quinta-feira
O brado no tambor, feitiço
Brigou pela cor, catiço
Coragem na fala sem temer a queda
O dedo na cara, quem for contra reza
Vencer o seu verbo
Gênio do ouvido perfeito
A trança nos versos
Divino e humano em seu jeito
Queria paz mas era bom na guerra
Apitou em outras terras, viajou nas ilusões
Deu voz à favela e a tantas gerações
Eu vou seguir sem esquecer nossa jornada
Emocionada, a baixada em redenção
Chama João pra matar a saudade
Vem comandar sua comunidade
Óh Jakutá, o Cristo preto me fez quem eu sou
Receba toda gratidão Obá, dessa nação nagô
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor
Terreiro de Laíla meu griô
Laíla comemorando o titulo da Beija-Flor, gritou muito com a vitória em 2018
Alexandre Durão/G1