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Balada, cassino e shows de pole dance foram alguns dos ‘luxos’ encontrados pelos foliões no principal camarote no sambódromo de SP neste ano.
Montagem/Fábio Tito
Enquanto cerca de 53 mil pessoas acompanhavam a primeira noite dos desfiles das escolas de samba no Sambódromo, em São Paulo, embaixo das arquibancadas do Anhembi, na Zona Norte, um “outro mundo” acontecia para um grupo seleto de foliões.
Com ingressos que variavam de R$ 2.790 a R$ 3.690, o camarote mais concorrido de São Paulo oferecia uma gama de luxos que fizeram os foliões mais abastados se esquecerem um pouco das apresentações carnavalescas para aproveitar shows, drinks, muita comida e bebida na faixa.
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Entre os mimos ofertados pelo Bar Brahma neste ano está a tradicional balada – que tocou música eletrônica e funk a noite inteira – além de um cassino com direto a show de pole dance e uma boa sessão de massagens relaxantes ao lado.
Conhecido pelas atrações musicais de peso, o camarote Brahma deste ano contou com apresentações como as da cantora Iza e dos pagodeiros Alexandre Pires e Ferrugem na primeira noite.
O show de pole dance oferecido dentro do cassino do camarote Brahma, no sambódromo do Anhembi, em SP, neste ano,.
Fábio Tito/g1
Os shows começavam sempre nos intervalos entre as apresentações das escolas e se estendiam até a metade dos desfiles.
Os foliões menos íntimos do samba podiam também fazer maquiagem e customização no salão da área “VIP premium”, conhecida como “Varanda Vip”.
Segundo a organização do evento, as três noites de apresentação das escolas do Grupo Especial e do Grupo de Acesso I (que saem na noite deste domingo, 2) devem reunir 7,5 mil pessoas por noite no camarote, 500 pessoas a mais do que no ano passado, quando 7 mil ingressos foram vendidos para cada uma das noites de desfiles.
Massagem oferecida aos foliões dentro do camarote Bar Brahma, no sambódromo do Anhembi, em São Paulo, neste ano de 2025.
Fábio Tito/g1
O camarote é dividido em duas “castas”: os que pagam o ingresso VIP, cujo último lote saiu por R$ 2.790, e a chamada Varanda VIP, o espaço mais privado e exclusivo, onde os foliões mais abastados puderam interagir com jogadores de futebol, artistas e subcelebridades de realities shows.
O analista comercial Robson Macieira foi um desses foliões que investiram pesado na folia de 2025. Acompanhado de um casal de primos e da esposa, ela disse que gastou quase R$ 3 mil pelo ingresso na área “VIP premium” do camarote.
“Costumo frequentar a Fórmula 1 e sempre busco conforto, segurança e tranquilidade para curtir esse tipo de evento. Para mim é de médio para cima, para conseguir curtir bem esse tipo de evento, sem muvuca, sem sufoco para se divertir e com facilidade para estacionar e chegar aos lugares”, afirmou.
O analista comercial Robson Macieira foi um dos foliões que investiu pesado na folia de 2025, ao lado de familiares na ‘varanda vip’ do camarote.
Fábio Tito/g1
“Foi a minha primeira vez aqui no Sambódromo e não consegui curtir todas as atrações. Foquei bastante nos shows e nas escolas. Superou muito as minhas expectativas e a turma que está comigo adorou”, completou.
O empresário Felipe e a namorada Marina também foram um desses foliões mais abastados. Eles optaram pela Varanda VIP com um grupo de amigos e familiares composto de mais de 20 pessoas.
Cada um pagou seu ingresso: cerca de R$ 2.700 quando compraram, mas eles dizem que não se arrependem.
O cassino dentro do camarote Brahma, no sambódromo do Anhembi, em SP, neste ano.
Fábio Tito/g1
“O mais interessante é que aqui em cima não tem a disputa de espaço para assistir aos shows e fila para comida”, comentou Marina, analista de recursos humanos.
“Depois das 4h da manhã, a gente quer um espaço para sentar e repor as energias. E ter um espaço com direito a massagem é o mínimo para a gente conseguir enfrentar a noite inteira de folia”, comentou o namorado dela, Felipe.
A família da analista de recursos humanos Marina, que foi em peso para a área do camarote ‘premium’, com cerca de 20 pessoas no total.
Fábio Tito/g1
Frustração
Mas como tudo na vida, sempre tem um grupo que não fica 100% satisfeito e se frustra com as expectativas não correspondidas do espaço.
É o caso de um grupo de quatro estudantes do curso de administração da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP). Eles foram contemplados com os ingressos para o camarote pelo pai de um deles, que é executivo de uma grande multinacional.
Os amigos se disseram frustrados com a “falta de pegação e baixo na boca” do lugar.
Os quatro colegas estudantes da FGV, que esperavam encontrar no camarote um clima de ‘pegação’ e ‘azaração’, mas dizem que se frustraram.
Fábio Tito/g1
“Nos falaram que o clima no camarote era de pegação e azaração, mas tem muita gente mais velha que a gente e muito casal. Até no bloquinho está rolando mais beijo na boca”, disse Antonio, um dos estudantes.
“Apesar da infra[estrutura] maneira, óbvio que rolou uma frustração de alguns de nós sem namorada, que esperava se dar bem nesta noite. Mas as mordomias compensaram. Principalmente a bebida de boa qualidade e a apresentação das escolas. É uma experiência única”, afirmou Gabriel.
A balada oferecida dentro do cassino do camarote Brahma, no sambódromo do Anhembi, em SP, neste ano,.
Fábio Tito/g1