
Railer Madalena, de 50 anos, morreu em setembro de 2024, em Boituva (SP). Segundo a perícia, o piloto da outra moto, que teria provocado a batida e também morreu no acidente, havia ingerido bebida alcóolica. Motoclube ocupa Boituva para homenagear motociclista que morreu em acidente
Vanessa Madalena/Arquivo pessoal
“Ninguém fica para trás, nem a família”. Este é um dos lemas que conduzem o motoclube Insanos, que, no domingo (16), foi até Boituva (SP) para homenagear o motociclista Railer Madalena, que morreu em setembro do ano passado em um acidente no Acesso José Sartorelli. Segundo a perícia, o piloto da outra moto, que teria provocado o acidente e também morreu, havia ingerido bebida alcoólica.
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A homenagem, que contou com a entrega do colete do membro do clube à família, além de eternizar a memória de Railer, serviu como um momento de manifestação em defesa da vida, conforme explica o policial militar Tércio Brisola “Coyote”, diretor da regional de Barueri (SP) do Insanos.
“O clube preserva a valorização da vida. A homenagem também foi um manifesto para conscientização sobre o consumo de bebida alcoólica e direção. Participaram da homenagem a família, 45 motos e quatro carros.”
O motoclube, considerado um dos maiores do país, tem 16 mil membros e realiza, ao longo do ano, ações de valorização da vida. Também mantém um telefone 24 horas para auxílio psicológico de membros e familiares. O objetivo deles é sempre prezar por um trânsito mais seguro.
Motoclube ocupa Boituva para homenagear motociclista que morreu em acidente
Arquivo pessoal
‘Sempre sorrindo’
A irmã do motociclista, Vanessa Madelena, contou ao g1 que o irmão não bebia e era exemplar no motoclube. “Ele era muito querido na região, ajudava as pessoas e sempre falava: ‘Sou motociclista e não motoqueiro’. Era muito cauteloso. Infelizmente, não teve chance.”
As lembranças do bom humor e da parceria com o irmão dão forças para a família superar o luto da despedida precoce.
Família recebe homenagem de motoclube em Boituva
Vanessa Madalena/Arquivo pessoal
“O Railer era uma pessoa encantadora, protetora demais. Somos filhos de um bombeiro aposentado, ele já foi militar e, atualmente, era supervisor de equipe em uma empresa de móveis. Tinha acabado de completar 50 anos.”
Segundo a irmã, o ex-militar havia voltado de lua de mel dois dias antes do acidente. “No dia do aniversário, 24 de agosto de 2024, foi o casamento dele com a Elaine, uma amiga de infância e amor de adolescente… Se reencontraram há dois anos. O acidente foi no dia 17 de setembro.”
Motocilista com os filhos, o enteado e a esposa no dia do casamento, pouco menos de um mês antes do acidente
Arquivo pessoal
Além de ser pai de dois filhos, depois do casamento ele também ganhou um enteado. Era o único filho homem e o mais velho da casa.
“O Railer estava morando com meus pais após o novo casamento. Recentemente, ele havia planejado se mudar definitivamente neste ano com o filho. Estava vendo com a esposa um apartamento maior para acomodar o Samuel, de 17 anos, que está no espectro autista. A esposa Elaine é uma bênção na nossa família.”
Ele era muito apegado aos pais: “Meu pai havia vencido um câncer maligno recentemente, e ele não queria deixá-los sozinhos. Tanto que ele ficava sempre indo para Barueri. As fotos dele estão pela casa… Sempre sorrindo.”
Railer ao centro, com os pais Francisco e Nilza e as irmãs Vanessa e Ludymila
Vanessa Madalena/Arquivo pessoal
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