
Segundo a agência de notícias Reuters, sirenes foram acionadas em diferentes cidades do país, incluindo Tel Aviv e Jerusalém. Lançamento do projétil ocorre dois dias depois do grupo dizer que atacaria caso bombardeios em Gaza não parassem. As Forças de Defesa de Israel (IDF) interceptaram um míssil lançado do Iêmen na madrugada desta quinta-feira (20). Tentativa de ataque ocorreu um um dia após Houthis dizerem que atacariam o país se os bombardeios em em Gaza não cessassem.
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
Segundo a agência de notícias Reuters, após o lançamento do projétil, sirenes foram acionadas em diferentes cidades de Israel, incluindo Tel Aviv e Jerusalém.
De acordo com a Reuters, o grupo rebelde Houthis assumiu a responsabilidade do ataque. Na terça-feira (18), eles haviam dito que atacariam Israel “nas próximas horas”, caso o país não parasse com os ataques à Gaza.
Sistema aéreo de defesa de Israel intercepta mísseis
Ayal Margolin/Reuters
A declaração foi uma resposta do grupo, que é aliado do Hamas e faz parte do chamado Eixo da Resistência do Irã, ao fim do acordo de cessar-fogo depois que o governo israelense voltou a lançar uma ofensiva militar contra o território palestino na noite da segunda-feira (17).
“As Forças Armadas do Iêmen expandirão seus alvos durante as próximas horas e dias, a menos que a agressão contra Gaza pare, e continuarão a confrontar o inimigo criminoso americano e a impedir a navegação israelense até que a agressão pare, o bloqueio seja levantado e a ajuda seja permitida na Faixa de Gaza”, afirmou Yahya Saree na TV.
No dia, outro míssil já havia sido lançado e interceptado pelas forças israelenses.
Os Houthis já haviam anunciado que voltariam a abrir fogo contra Israel na quarta-feira (12), depois que o país interrompeu a ajuda humanitária à Faixa de Gaza para pressionar pelas negociações do cessar-fogo.
Desde outubro de 2023, após o início da guerra no território israelense, os Houthis também fazem ataques a navios militares e comerciais de Israel e seus aliados em um dos corredores de navegação mais movimentados do mundo.
Porta-voz dos Houthis
HOUTHI MEDIA CENTER via REUTERS
Guerra com os Estados Unidos
Integrantes e simpatizantes dos Houthis participam de protesto contra os EUA em Sanaa, no Iêmen, em 17 de março de 2025.
Adel Al Khader/ Reuters
Ainda na terça, diante de ataques e ameaças feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o grupo do Iêmen também afirmou estar em guerra com os EUA.
Os rebeldes afirmaram que não recuarão e anunciaram ainda ter atacado navios norte-americanos em rota no Mar Vermelho.
Em comunicado, os Houthis disseram ter lançado mísseis e drones que atingiram o grupo do porta-aviões norte-americano Harry S. Truman — de onde partiram caças que atacaram alvos houthis no fim de semana — e afirmou que o ataque foi o terceiro contra embarcações dos EUA em 24 horas.
A ofensiva foi uma resposta aos bombardeios de Washington no fim de semana contra redutos houthis no Iêmen — o grupo rebelde, que entrou em guerra contra o governo iemenita há mais de dez anos, controla atualmente várias regiões do país (leia mais abaixo).
Quem são os Houthis, grupo rebelde alvo dos EUA
Desde o início da guerra em Gaza, em outubro de 2023, os Houthis — financiados pelo Irã e parte do chamado “Eixo da Resistência” — lançam mísseis contra o sul do Israel e atacam embarcações militares e comerciais no Mar Vermelho, uma das principais rotas marítimas do mundo.
Nesta terça, o comando do grupo criticou os bombardeios realizados na segunda-feira (17) por Israel na Faixa de Gaza e afirmou que o movimento rebelde “continuará seu apoio e assistência (aos palestinos) e intensificará a confrontação” contra Israel.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia dito na segunda-feira que o Irã será “considerado responsável” de qualquer ataque dos houthis.
“Cada disparo dos houthis será considerado, a partir de agora, um disparo lançado por armas iranianas e pelos dirigentes do Irã, e o Irã será considerado responsável e deverá assumir as consequências”, escreveu em sua rede Truth Social.
Durante a segunda-feira, milhares de manifestantes exibiram cartazes e armas, aos gritos de “morte aos Estados Unidos, morte a Israel”, em um protesto na capital, Sanaa, segundo imagens exibidas pelo canal Al Masirah.
Os bombardeios americanos do fim de semana atingiram principalmente a capital do Iêmen, controlada pelos rebeldes, e várias regiões do país, deixando 53 mortos – entre eles cinco crianças – e 98 feridos, segundo os houthis.
Vídeos mostram ataque dos EUA contra Houthis