Banco Central tem informado que uma desaceleração do nível de atividade é necessária para reduzir a inflação, e trazê-la de volta para as metas. Instituição indicou em março que deve subir novamente os juros em maio. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta segunda-feira (28) que os sinais de desaceleração da economia, esperados pela autoridade monetária para uma mudança na política de juros altos, ainda são muito “incipientes” (iniciais) e que é necessário manter a vigilância sobre o comportamento dos preços.
Ele participou de palestra em tvento J. Safra Macro Day, promovido pelo Banco J. Safra, em São Paulo.
“Não gostaria de indicar um ponto específico, mas está claro que estamos aguarando os processos naturais, defasados e lógicos desses mecanismos de transmissão [dos juros altos para a atividade]. Onde a gente consegue assistir uma primeira desaceleração, depois chegando em outros setores. Desinflação imaculada, acho um pouco para trás. Processo de entender como funciona política monetária não acho que tenha uma variável que seja um gatilho. Estamos bastante incomodados com as expectativas desancoradas”, disse Galípolo, do Banco Central.
Em março, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa básica de juros da economia para 14,25%. Trata-se de um patamar semelhante ao registrado durante o governo Dilma, em 2015 e 2016.
Ao mesmo tempo, o BC também indicou que realizará em maio, quando se reúne novamente o Copom, um novo aumento na taxa Selic, mas em menor intensidade (abaixo de um ponto percentual).
O Banco Central tem informado que uma desaceleração do nível de atividade é necessária para reduzir a inflação, e trazê-la de volta para as metas.
No relatório de política monetária, divulgado em março, a instituição informou que o chamado “hiato do produto” segue positivo. Isso quer dizer que a economia continua operando acima do seu potencial de crescimento sem pressionar a inflação.
Política de juros
🔎A taxa básica de juros da economia é o principal instrumento do BC para tentar conter as pressões inflacionárias, que tem efeitos, principalmente, sobre a população mais pobre.
Para definir os juros, a instituição atua com base no sistema de metas. Se as projeções estão em linha com as metas, pode baixar os juros. Se estão acima, tende a manter ou subir a Selic.
Desde o início de 2025, com o início do sistema de meta contínua, o objetivo de 3% e será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Ao definir a taxa de juros, o BC olha para o futuro, ou seja, para as projeções de inflação, e não para a variação corrente dos preços, ou seja, dos últimos meses.
Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.
Neste momento, por exemplo, a instituição já está mirando na meta considerando o segundo semestre de 2026.
Para 2025, 2026, 2027 e 2028, a projeção do mercado para a inflação oficial está em 5,55% (com estouro da meta), 4,51%, 4% e em 3,78%. Ou seja, acima da meta central de 3%, buscada pelo BC.
O BC admitiu recentemente que a meta de inflação pode ser novamente descumprida em junho deste ano, ao completar seis meses seguidos acima do teto de 4,5%.
Ele participou de palestra em tvento J. Safra Macro Day, promovido pelo Banco J. Safra, em São Paulo.
“Não gostaria de indicar um ponto específico, mas está claro que estamos aguarando os processos naturais, defasados e lógicos desses mecanismos de transmissão [dos juros altos para a atividade]. Onde a gente consegue assistir uma primeira desaceleração, depois chegando em outros setores. Desinflação imaculada, acho um pouco para trás. Processo de entender como funciona política monetária não acho que tenha uma variável que seja um gatilho. Estamos bastante incomodados com as expectativas desancoradas”, disse Galípolo, do Banco Central.
Em março, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa básica de juros da economia para 14,25%. Trata-se de um patamar semelhante ao registrado durante o governo Dilma, em 2015 e 2016.
Ao mesmo tempo, o BC também indicou que realizará em maio, quando se reúne novamente o Copom, um novo aumento na taxa Selic, mas em menor intensidade (abaixo de um ponto percentual).
O Banco Central tem informado que uma desaceleração do nível de atividade é necessária para reduzir a inflação, e trazê-la de volta para as metas.
No relatório de política monetária, divulgado em março, a instituição informou que o chamado “hiato do produto” segue positivo. Isso quer dizer que a economia continua operando acima do seu potencial de crescimento sem pressionar a inflação.
Política de juros
🔎A taxa básica de juros da economia é o principal instrumento do BC para tentar conter as pressões inflacionárias, que tem efeitos, principalmente, sobre a população mais pobre.
Para definir os juros, a instituição atua com base no sistema de metas. Se as projeções estão em linha com as metas, pode baixar os juros. Se estão acima, tende a manter ou subir a Selic.
Desde o início de 2025, com o início do sistema de meta contínua, o objetivo de 3% e será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Ao definir a taxa de juros, o BC olha para o futuro, ou seja, para as projeções de inflação, e não para a variação corrente dos preços, ou seja, dos últimos meses.
Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.
Neste momento, por exemplo, a instituição já está mirando na meta considerando o segundo semestre de 2026.
Para 2025, 2026, 2027 e 2028, a projeção do mercado para a inflação oficial está em 5,55% (com estouro da meta), 4,51%, 4% e em 3,78%. Ou seja, acima da meta central de 3%, buscada pelo BC.
O BC admitiu recentemente que a meta de inflação pode ser novamente descumprida em junho deste ano, ao completar seis meses seguidos acima do teto de 4,5%.