
Número de internações este ano quase dobrou em relação ao ano passado. Seis pessoas morreram. A Prefeitura de Poços de Caldas (MG) solicitou ao Ministério da Saúde o credenciamento de sete novos leitos na UTI pediátrica na Santa Casa para atender os casos de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
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A Síndrome Respiratória Aguda Grave é um conjunto de sintomas que podem ser causados por vários tipos de vírus, entre os principais estão o coronavírus, o sincicial — que causa a bronquiolite – e o influenza.
Poços de Caldas enfrenta o aumento de pacientes com SRAG. Este ano o número de internações quase dobrou. Entre janeiro e maio, foram 70 internações e seis mortes, cinco delas de pessoas com mais de 60 anos. No ano passado, no mesmo período foram 38 internações e 5 mortes.
Poços de Caldas pede mais leitos por causa de Síndrome Respiratória Aguda Grave
Governo de SC/Divulgação/Arquivo
Também foi registrado, nas últimas duas semanas, um aumento significativo de casos de bronquiolite em crianças de 0 a 5 anos.
A filha bebê do motorista Victor Hugo da Silva precisou ser transferida para Alfenas com um quadro de bronquiolite com pneumonia aspirativa. Ela só conseguiu voltar para Poços de Caldas após a criação de uma nova UTI neonatal no Hospital da Unimed.
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Para se ter uma ideia, dos 32 leitos existentes na UPA e no Hospital Margarita Morales, sete estavam ocupados por pacientes com SRAG, sendo quatro deles, crianças.
A prefeitura espera melhorar o atendimento antes da chegada do inverno.
“Essa UTI é para atender a essa situação desse momento que nós estamos vivendo, lembrando que nós ainda não estamos no inverno. Mas, percebendo que estamos trabalhando no limite da ocupação de leitos do SUS habilitados, o que não impede a gente ampliar mesmo com recursos próprios do município, mas nós já estamos nos antecipando e pedindo junto ao Ministério da Saúde essa habilitação”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Luís Augusto de Faria Cardoso.
A Secretaria Municipal de Saúde reforça a necessidade de vacinação contra a gripe. A cobertura vacinal segue abaixo do ideal. Até o momento, apenas 44,85% do público-alvo foi imunizado.
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