Claudinho Serra: após 23 dias preso, vereador investigado por corrupção dá atestado e não volta a Câmara


Nesta terça-feira (30), seria a 1ª sessão do vereador Claudinho Serra na Câmara de Vereadores de Campo Grande, depois que o político conseguiu habeas corpus, mediante uso de tornozeleira. Atestado por ‘motivos psicológicos’ tem validade de 30 dias. Vereador de Campo Grande, Claudinho Serra
Divulgação
Após ficar 23 dias presos e ser investigado por caso de corrupção, o vereador Claudinho Serra (PSDB) deveria voltar à Câmara dos Vereadores de Campo Grande nesta terça-feira (30). O esperado não ocorreu, já que o político apresentou atestado médico por “motivos psicológicos” e vai se ausentar por mais 30 dias.
O anúncio do atestado foi feito pelo vereador e presidente da Câmara Carlos Borges, o Carlão (PSB), durante plenária.
“Vai se ausentar a partir de hoje da sessão devido a esse atestado médico”. Ainda em plenária, Carlão disse que Claudinho está sem condições psicológicas de trabalhar. “Eu não sou médico, eu não posso falar”, concluiu a fala.
O retorno ia ocorrer, nesta terça, após Claudinho conseguir um Habeas Corpus, mediante uso de tornozeleira eletrônica na sexta-feira (26).
Rombo de R$ 15 milhões e prisão
Claudinho foi preso em operação que apura o envolvimento do político em esquema de corrupção na prefeitura de Sidrolândia (MS). A investigação identificou o rombo de R$ 15 milhões aos cofres públicos, à época que o político era secretário na prefeitura de Sidrolândia.
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) e do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC), prendeu Claudinho no dia 3 de abril.
O parlamentar atuou entre abril a dezembro de 2021 como diretor-presidente da Fundação Municipal de Esportes (Funesp) de Campo Grande. Depois, assumiu a Secretaria Municipal de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia. Claudinho Serra é genro da prefeita do município, Vanda Camilo (PP).
Segundo o Ministério Público, essa nova fase da Tromper confirmou a existência de uma organização criminosa voltada a fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura Municipal de Sidrolândia, bem como o pagamento de propina a agentes públicos municipais.
Ainda segundo a investigação, foi identificada uma nova ramificação da organização criminosa, atuante no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica. Até o momento foi identificado rombo de R$ 15 milhões aos cofres públicos.
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