Pacientes sofrem com demora por cirurgias no Hospital Francisca Mendes, em Manaus

Segundo familiares, até mesmo casos graves seguem sem previsão para serem feitas na unidade de saúde, que é referência em cardiologia na região Norte. Famílias reclamam da falta de previsão para cirurgias no Hospital Francisca Mendes
Pacientes do Hospital Francisca Mendes, em Manaus, sofrem com a falta de médicos e a demora na realização de cirurgias. Segundo familiares, até mesmo casos graves seguem sem previsão para serem feitas na unidade de saúde, que é referência em cardiologia na região Norte.
Um vídeo registrado por uma paciente, na manhã desta terça-feira (19), apresenta relatos sobre a demora para atendimento e superlotação devido a baixa quantidade de médicos. Assista acima.
O comerciantes Nilson Maia está com o irmão há quase três meses aguardando pra fazer uma ponte de safena.
“Os cirurgiões estão se negando a fazer porque precisam do nefrologista, só que ele nunca está no hospital”, disse o comerciante.
Outro caso preocupante é de uma adolescente de 13 anos, da cidade de Uarini, no interior do Amazonas, que teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e precisa fazer uma embolização, procedimento para evitar novos sangramentos no cérebro.
No documento entregue ao tio e a mãe dela, o registro no sistema da Secretaria de Saúde mostra que a situação da adolescente é de risco médio, mas a análise da neurocirurgiã mostra que a situação dela é grave e urgente..
“O laudo médico diz que ela tem um alto risco de ressangramento e como consequência sequelas neurológicas gravíssimas ou até mesmo óbito. A situação dela é grave, requer urgência. A resposta deles é que não tem material, mas nenhuma resposta definitiva”, disse Jacob Acris, tio da adolescente.
A demora para procedimentos no hospital, segundo relatos de pacientes, não é de agora.
A empresa que presta serviço de cirurgias vasculares no Hospital Francisca Mendes enviou uma nota ao Sindicato dos Médicos do Amazonas, anunciando a paralisação dos serviços por falta de estrutura e suporte na unidade hospitalar. A paralisação iniciou no dia 1º de março deste ano.
Porém, a Secretaria de Estado de Saúde informou por nota que as cirurgias eletivas seguem sendo realizadas normalmente no hospital.
Sobre a ausência de nefrologista na unidade, a Rede Amazônica procurou o órgão, mas não obteve retorno.
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