Solução do assassinato de Marielle Franco é resposta para a democracia brasileira, diz ministra Anielle Franco

Delação de autor dos disparos foi homologada e contém detalhes de reuniões anteriores e posteriores ao crime, além dos nomes dos mandantes. Cada passo dado na solução do crime da Marielle e do Anderson é um respiro, diz Anielle
Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, disse que a solução do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes é uma resposta para a democracia brasileira.
A ministra é irmã da vereadora assassinada em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro. Na ocasião, a vereadora, com pouco mais de um ano de mandato, foi morta a tiros após participar de um encontro de mulheres negras no bairro da Lapa.
Ao todo, 13 tiros foram disparados. Marielle e Anderson morreram. A assessora da parlamentar sobreviveu.
Nesta terça-feira (19), após o crime completar 6 anos, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse que a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa —o autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson— foi homologada.
“Cada passo dado na solução do crime da Marielle e do Anderson é um respiro”, disse a ministra Anielle Franco, irmã de Marielle Franco, sobre delação de Ronnie Lessa.
Segundo apuração do jornalista César Tralli, o ex-PM detalhou na delação como foram as reuniões com os mandantes do crime. Os mandantes, segundo Lessa, integram um grupo político poderoso no Rio de Janeiro com vários interesses em diversos setores do Estado.
Até a última atualização desta reportagem, o nome dos mandantes não foi revelado.
Há quatro pessoas presas por suspeita de participação no atentado:
Edilson Barbosa dos Santos, o Orelha, apontado como o responsável por desmanchar o Cobalt usado na execução;
Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos que mataram e vereadora e o motorista;
Élcio de Queiroz, confessou que dirigia o carro usado na execução;
Suel, acusado de ceder um carro para Ronnie Lessa esconder as armas usadas no crime.
Outros cinco suspeitos foram mortos durante as investigações:
Edmilson da Silva de Oliveira (Macalé), apontado como intermediário da contratação de Lessa para o assassinato;
Adriano Magalhães da Nóbrega (Capitão Adriano), teria se negado a executar o crime, antes de Lessa ser procurado para fazê-lo. Ficou foragido por cerca de um ano;
Luiz Carlos Felipe Martins, apontado como braço direito de Adriano;
Hélio de Paulo Ferreira (Senhor das Armas), foi investigado no caso do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes;
Lucas do Prado Nascimento da Silva (Todynho), suspeito de participar da clonagem do carro usado no atentado.
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