Campinas anuncia inicio da campanha de vacinação contra a gripe para grupos prioritários; veja público-alvo


Secretaria reforçou que a imunização pode evitar internações ou morte. Cidade enfrenta lotação nos serviços de saúde. Vacina de gripe é segura e eficaz, segundo Secretaria de Saúde de Campinas
Carlos Bassan
A Secretaria de Saúde de Campinas (SP) inicia nesta segunda-feira (25) a campanha de vacinação contra a gripe 2024. As doses serão aplicadas nos 68 centros de saúde da cidade e, neste primeiro momento, exclusivamente aos grupos prioritários. Veja lista abaixo.
Segundo a coordenadora do Programa Municipal de Imunização, Chaúla Vizelli, a vacina é segura e protege contra os principais vírus da gripe em circulação:
Influenza A (H1N1)
Influenza A (H3N2)
Influenza B
O início da campanha de vacinação acontece em meio ao aumento de atendimentos nas principais unidades de saúde de Campinas, inclusive de quadros respiratórios. A Saúde reforça que a imunização pode evitar complicações que podem resultar em internações ou morte.
“A vacina é segura e ajuda a preservar vidas. Sabemos que a maioria das pessoas que acabam internadas são as que deixaram de se imunizar, por isso, é muito importante que a população incentive a cultura de vacinação para se proteger e evitar sobrecarga na rede de saúde”, explicou Vizelli.
Grupos prioritários
As vacinas estarão disponíveis, inicialmente, para os grupos prioritários. A vacina é aplicada em dose única para o todos os públicos, exceto crianças que nunca tomaram a vacina, que precisam tomar a segunda dose 30 dias depois da primeira.
A meta da Saúde é atingir 90% para cada grupo. Veja lista:
Idosos (60 anos ou mais)
Gestantes e puérperas
Trabalhadores da área de saúde
Trabalhadores da área de educação
Crianças na faixa entre 6 meses e 5 anos
Pessoas com deficiência permanente
Pessoas com comorbidades
Caminhoneiros
Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo
Trabalhadores portuários
Povos indígenas
População em situação de rua
Profissionais das forças de segurança e salvamento
População do sistema de privação de liberdade
População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos)
Onde receber a vacina?
Não é preciso realizar agendamento para receber a vacina contra a gripe. As salas de vacinação funcionam conforme horário de funcionamento de cada CS. Detalhes sobre cada unidade básica, incluindo endereços e contatos, estão na página da Prefeitura de Campinas.
A Secretaria de Saúde orienta a apresentação de documento de identidade com foto. Além disso, é recomendado levar a caderneta de vacinação, se tiver.
Primeira remessa
A primeira remessa prevista para Campinas tem 53 mil doses e deve chegar aos centros de saúde até sexta, 22, enquanto o público-alvo total será divulgado até segunda, 25. A previsão inicial é de que a campanha seja realizada até 31 de maio.
Mudança na campanha
Nesta campanha, a Saúde fará registro nominal de quem recebeu a dose. De acordo com Chaúla, isso garante um processo mais qualitativo e garante rastreabilidade dos dados.
“Até o ano passado os dados eram somente consolidados, ou seja, a gente marcava o número de pessoas vacinadas no dia, semana e ao longo da campanha. Agora, o registro da campanha de vacinação contra a gripe é qualitativo e a vantagem é justamente ter uma rastreabilidade maior, mais confiabilidade, transparência e ter todo o histórico da pessoa no sistema. E a gente consegue aproveitar a oportunidade vacinal para verificar o esquema e fazer a atualização de outras doses caso elas sejam necessárias”, falou Chaúla Vizelli.
Aumento dos atendimentos
UPA Anchieta Metropolitana, de Campinas
Adriano Rosa
A busca por atendimento nas unidades de urgência e emergência da Prefeitura de Campinas (SP) disparou 43,5% em uma semana, segundo dados divulgados nesta terça-feira (19) pela Rede Mário Gatti, autarquia responsável pela gestão dos hospitais e UPAs do município.
Pacientes atendidos nas unidades:
11 de março de 2024: 2.447 atendimentos
18 de março de 2024: 3.512 atendimentos
+ 43,5%
Dengue, Covid-19 e outras doenças
Ao g1, o presidente da Rede Mário Garri, Sergio Bisogni, afirmou que as redes pública e privada de saúde estão sendo pressionadas, ao mesmo tempo, por diferentes causas:
Aumento de doenças em crianças (30% do total de consultas);
Aumento dos atendimentos de dengue (12% do total de consultas);
Aumento dos atendimentos de Covid-19;
Aumento de pacientes crônicos com agravamento das doenças;
“Isso está acontecendo na rede privada de Campinas também. É geral a situação. Deu um pico de doenças que coincidiu dengue, comorbidades em adultos e doenças nas crianças tudo junto”, afirmou Bisogni.
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