No dia anterior, a moeda norte-americana avan\u00e7ou 0,34%, cotada a R$ 5,7521. J\u00e1 o principal \u00edndice acion\u00e1rio da bolsa de valores brasileira encerrou com uma alta de 0,47%, aos 133.149 pontos. Notas de real e d\u00f3lar
\nAmanda Perobelli\/ Reuters
\nO d\u00f3lar inicia o preg\u00e3o desta sexta-feira (28) com o mercado atento \u00e0 divulga\u00e7\u00e3o de novos indicadores econ\u00f4micos no Brasil e nos Estados Unidos, enquanto ainda repercute os an\u00fancios mais recentes de tarifas de importa\u00e7\u00e3o impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
\nPor aqui, o destaque do dia fica com os novos dados de emprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat\u00edstica (IBGE). A taxa de desemprego no Brasil subiu para 6,8% no trimestre terminado em fevereiro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domic\u00edlios (PNAD) Cont\u00ednua do IBGE.
\nJ\u00e1 l\u00e1 fora, as aten\u00e7\u00f5es est\u00e3o voltadas para o indicador de despesas com consumo pessoal (PCE, na sigla em ingl\u00eas) nos EUA. Esse \u00e9 o indicador de infla\u00e7\u00e3o preferido do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), porque reflete somente os principais gastos do consumidor.
\nA infla\u00e7\u00e3o americana \u00e9 observada com aten\u00e7\u00e3o por investidores do mundo inteiro porque, se voltar a acelerar com for\u00e7a, o Fed pode demorar mais para reduzir suas taxas de juros \u2014 o que impacta os n\u00edveis de consumo e gera cautela com uma poss\u00edvel desacelera\u00e7\u00e3o da economia.
\nAl\u00e9m disso, a pol\u00edtica tarif\u00e1ria de Trump tamb\u00e9m eleva esses temores porque, com taxas para os produtos que chegam aos EUA, a expectativa \u00e9 que muitos bens e servi\u00e7os possam ficar mais caros, impactando a infla\u00e7\u00e3o, o consumo e a atividade do pa\u00eds.
\nTrump anunciou, na \u00faltima quarta-feira (26), que vai impor tarifas de 25% sobre autom\u00f3veis importados a partir de 2 de abril. Para a mesma data, \u00e9 esperado o an\u00fancio das tarifas rec\u00edprocas que os EUA devem cobrar sobre outros pa\u00edses.
\nVeja abaixo o resumo dos mercados.
\nEntenda o que faz o pre\u00e7o do d\u00f3lar subir ou cair
\n\ud83d\udcb2D\u00f3lar
\n. Veja mais cota\u00e7\u00f5es.
\nNo dia anterior, a moeda americana teve alta de 0,34%, cotada a R$ 5,7521.
\nCom o resultado, acumulou:
\nalta de 0,61% na semana;
\nrecuo de 2,77% no m\u00eas; e
\nperda de 6,92% no ano.<\/p>\n

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\n\ud83d\udcc8Ibovespa
\nO Ibovespa come\u00e7a a operar \u00e0s 10h.
\nNa v\u00e9spera, o \u00edndice teve alta de 0,47%, aos 133.149 pontos.
\nCom o resultado, o Ibovespa acumulou:
\nalta de 0,61% na semana;
\navan\u00e7o de 8,43% no m\u00eas; e
\nganho de 10,70% no ano.<\/p>\n

O que est\u00e1 mexendo com os mercados?
\nO que est\u00e1 mexendo com os mercados?
\nAs aten\u00e7\u00f5es dos mercados globais continuam voltadas para as novas tarifas impostas pelos Estados Unidos.
\nAl\u00e9m da expectativa que j\u00e1 existia pelo dia 2 de abril, quando as taxas rec\u00edprocas devem come\u00e7ar a valer, Trump anunciou na \u00faltima quarta-feira (26) tarifas de 25% sobre carros importados, que devem entrar em vigor no mesmo dia.
\nInvestidores, analistas, empres\u00e1rios e consumidores temem que as medidas possam acelerar a infla\u00e7\u00e3o de uma gama de produtos e provocar uma recess\u00e3o nos EUA \u2014 al\u00e9m de impactar pre\u00e7os e crescimento econ\u00f4mico de diversos pa\u00edses pelo mundo.
\nDiante da incerteza, os agentes financeiros t\u00eam preferido segurar suas apostas para qualquer dire\u00e7\u00e3o, mantendo o dinheiro nos ativos mais seguros, como o d\u00f3lar, o que justifica a valoriza\u00e7\u00e3o da moeda.
\nO an\u00fancio tamb\u00e9m n\u00e3o agradou os mercados. As a\u00e7\u00f5es europeias, por exemplo, encerraram em seu n\u00edvel mais baixo em quase duas semanas, pressionadas pelos pap\u00e9is do setor automotivo. Os \u00edndices acion\u00e1rios norte-americanos tamb\u00e9m fecharam em queda.
\nSobre as tarifas globais rec\u00edprocas, Trump afirmou na quarta-feira que as taxas podem ser mais suaves do que o que se espera. “Vamos torn\u00e1-las muito brandas”, disse. “Acho que as pessoas ficar\u00e3o muito surpresas. Ser\u00e1, em muitos casos, menor do que a tarifa que eles [pa\u00edses] v\u00eam cobrando h\u00e1 d\u00e9cadas.”
\nEnquanto isso, as expectativas de consumidores seguem se deteriorando. Relat\u00f3rio do Conference Board mostrou na \u00faltima ter\u00e7a-feira que seu \u00edndice de confian\u00e7a do consumidor caiu pelo quarto m\u00eas consecutivo em mar\u00e7o e de forma mais acentuada que proje\u00e7\u00e3o em pesquisa da Reuters.
\nA preocupa\u00e7\u00e3o de economistas \u00e9 que o pessimismo dos consumidores possa refletir na economia real em breve, com queda do consumo e dos investimentos nos EUA, o que poderia contribuir para uma recess\u00e3o.
\nCom isso, a divulga\u00e7\u00e3o da \u00faltima leitura do PIB norte-americano ficou na mira dos investidores nesta quinta-feira. O indicador registrou uma alta anualizada de 2,4% na atividade econ\u00f4mica norte-americana, em desacelera\u00e7\u00e3o ante os tr\u00eas meses anteriores (3,1%).
\nDe acordo com o Bureau of Economic Analysis (BEA), isso pode ser explicado principalmente pelas quedas no investimento e nas exporta\u00e7\u00f5es, que foram parcialmente compensadas por uma acelera\u00e7\u00e3o nos gastos do consumidor. As importa\u00e7\u00f5es ca\u00edram.
\nEntre os demais dados divulgados hoje no pa\u00eds estavam os pedidos semanais de aux\u00edlio-desemprego, que recuaram em 1 mil, para 224 mil na semana encerrada em 22 de mar\u00e7o. J\u00e1 a taxa de desemprego parece ter se mantido est\u00e1vel.
\nPor fim, os contratos de compra de moradias usadas nos EUA subiram em fevereiro, em meio a uma queda nas taxas de hipoteca. Segundo a Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Corretores de Im\u00f3veis (NAR) do pa\u00eds, o \u00cdndice de Vendas Pendentes de Casas, baseado em contratos assinados, subiu 2%.
\nAmbiente interno
\nNo Brasil, o foco ficou com os dados do \u00cdndice Nacional de Pre\u00e7os ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de mar\u00e7o, considerado a pr\u00e9via da infla\u00e7\u00e3o oficial do pa\u00eds. O indicador foi divulgado na manh\u00e3 desta quinta-feira (27).
\nO \u00edndice mostrou uma alta de 0,64% nos pre\u00e7os, resultado abaixo da m\u00e9dia das proje\u00e7\u00f5es do mercado financeiro, que esperava um aumento de 0,70%.
\nSegundo o IBGE, o avan\u00e7o foi puxado, principalmente, pela continuidade do aumento nos pre\u00e7os dos alimentos, al\u00e9m dos combust\u00edveis, que tamb\u00e9m ficaram mais caros.
\nApesar da alta no m\u00eas, por\u00e9m, o resultado representa uma forte desacelera\u00e7\u00e3o em rela\u00e7\u00e3o ao n\u00famero de fevereiro, quando o \u00edndice teve uma alta de 1,23%, a maior para o m\u00eas desde 2016.
\nNo primeiro trimestre do ano, o IPCA-15 acumula uma alta de 1,99%, acima da taxa de 1,46% registrada no mesmo per\u00edodo de 2024. J\u00e1 no acumulado em 12 meses, o \u00edndice avan\u00e7ou 5,26%, contra os 4,96% registrados at\u00e9 fevereiro.
\nAinda no cen\u00e1rio interno, o Tesouro Nacional divulgou nesta quinta que as contas do governo registraram d\u00e9ficit prim\u00e1rio de R$ 31,67 bilh\u00f5es em fevereiro.
\nO resultado representa melhora na compara\u00e7\u00e3o com fevereiro do ano passado, quando foi registrado um rombo de R$ 61,21 bilh\u00f5es (corrigido pela infla\u00e7\u00e3o).
\n\ud83d\udd0eO d\u00e9ficit prim\u00e1rio ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo das despesas do governo. Se as receitas ficam acima as despesas, o resultado \u00e9 de super\u00e1vit prim\u00e1rio. Os valores n\u00e3o englobam os juros da d\u00edvida p\u00fablica.
\nAl\u00e9m disso, na quarta, o Banco Central (BC) informou que o rombo nas contas externas do pa\u00eds mais que dobrou no primeiro bimestre de 2025, registrando um d\u00e9ficit de US$ 17,31 bilh\u00f5es. Isso significa que o pa\u00eds mais enviou dinheiro para fora, principalmente com importa\u00e7\u00f5es, do que arrecadou.
\nO BC costuma explicar que o tamanho do rombo das contas externas est\u00e1 relacionado com o crescimento da economia. Quando cresce, o pa\u00eds demanda mais produtos do exterior e realiza mais gastos com servi\u00e7os tamb\u00e9m. Por isso, o d\u00e9ficit tamb\u00e9m sobe.
\n*Com informa\u00e7\u00f5es da ag\u00eancia de not\u00edcias Reuters<\/p><\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"