Randal Rossoni, de 44 anos, dono da academia que teve a energia suspensa, foi preso em flagrante e teve a pris\u00e3o preventiva decretada nesta quinta (14). Presidente do Sindicato dos Eletricit\u00e1rios de SP afirmou que a viol\u00eancia contra os trabalhadores \u00e9 cotidiana: ‘Amea\u00e7a de toda ordem’. V\u00eddeo mostra momento em que funcion\u00e1rio da Enel \u00e9 baleado em SP
\nUma c\u00e2mera de seguran\u00e7a registrou o momento em que um funcion\u00e1rio a servi\u00e7o da Enel foi morto a tiros na Zona Leste de S\u00e3o Paulo, na tarde desta quarta-feira (13). O crime aconteceu depois de uma confus\u00e3o para conseguir cortar a energia de uma academia por falta de pagamento. (veja acima)
\nO suspeito, Randal Rossoni, de 44 anos, \u00e9 o dono da academia e foi apontado pela Pol\u00edcia Militar como autor do crime. Ele se apresenta como empres\u00e1rio e educador f\u00edsico.
\nO v\u00eddeo mostra o carro da concession\u00e1ria parando em um sem\u00e1foro;
\nNa sequ\u00eancia, o assassino chegou em um carro preto;
\nEle desceu do ve\u00edculo, foi at\u00e9 a janela do carro dos funcion\u00e1rios da Enel e atirou;
\nOs dois trabalhadores sa\u00edram correndo na dire\u00e7\u00e3o de um posto de gasolina ao lado, inclusive a v\u00edtima, que j\u00e1 estava baleada na cabe\u00e7a;
\nMomentos depois, fora do alcance das c\u00e2meras, ele caiu no ch\u00e3o;
\nO autor do crime entrou no carro e fugiu;
\nOdail Maximiliano foi levado ao pronto-socorro logo ap\u00f3s ser baleado, mas n\u00e3o resistiu.
\nRandal Rossoni foi preso em flagrante e teve a pris\u00e3o preventiva decreta nesta quinta-feira (14).
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\nOdail Maximiliano Silva Paula, de 27 anos, morto por dono de academia na Zona Leste de S\u00e3o Paulo.
\nReprodu\u00e7\u00e3o\/Redes Sociais
\nColegas lamentam e contam intimida\u00e7\u00f5es
\nVictor Gabriel de Moura, t\u00e9cnico eletricit\u00e1rio colega de Odail, lamentou a morte e disse que o caso n\u00e3o \u00e9 isolado:
\n“Foi uma infelicidadade que aconteceu com ele, mas \u00e9 uma situa\u00e7\u00e3o que a gente passa bastante na rua. J\u00e1 passei por locais que eu fiz o procedimento, expliquei a situa\u00e7\u00e3o, fiz o desligamento e, ao sair do local, a gente j\u00e1 est\u00e1 numa outra ordem de servi\u00e7o, o cliente segue a gente, muitas vezes com arma ou algo do tipo para tentar pressionar a equipe”.
\nO presidente do Sindicato dos Eletricit\u00e1rios de S\u00e3o Paulo afirmou que a viol\u00eancia \u00e9 cotidiana. Eduardo Annunciato disse que os terceirizados preenchem uma ficha chamada \u201crelato de perigo\u201d.
\n“Amea\u00e7a de toda ordem. Recebi \u00e1udio de v\u00e1rios companheiros, arma em punho, faca na m\u00e3o, pessoal falando \u2018Se cortar minha luz, n\u00e3o vai descer do poste\u2019. Esse tipo de situa\u00e7\u00e3o”.
\n“Do outro lado, as empresas colocam c\u00e2meras, dispositivos de controle para obrigar que o corte seja feito, ent\u00e3o esses trabalhadores s\u00e3o pressionados internamente para executar o corte. Eles ficam numa berlinda, numa sinuca de bico”, apontou.
\nNutricionista esportivo, educador f\u00edsico e bodybuilder: saiba quem \u00e9 o acusado de matar funcion\u00e1rio da Enel na Zona Leste de SP
\nMeta de cortes di\u00e1rios
\nO SP2 conversou com um funcion\u00e1rio que atua com corte e religa\u00e7\u00e3o de energia. Ele pediu para n\u00e3o se identificar porque tem medo de repres\u00e1lias, mas afirmou que h\u00e1 uma meta de cortes por dia.
\n“A gente faz os cortes, ganha o sal\u00e1rio normal, um sal\u00e1rio fixo, n\u00e9… Fora o sal\u00e1rio, voc\u00ea tem uma produtividade em cima dos cortes que voc\u00ea faz, ent\u00e3o cada empresa coloca uma meta”.
\nQuem trabalha todo dia nas ruas, faz um apelo:
\n“A gente \u00e9 trabalhador, eu j\u00e1 sofri muito com isso na rua, de press\u00e3o de popula\u00e7\u00e3o, s\u00f3 que eu s\u00f3 quero que voc\u00eas entendam que a gente \u00e9 trabalhador, temos fam\u00edlia em casa, \u00e9 um situa\u00e7\u00e3o que \u00e9 dif\u00edcil, chega a ser emotivo. Hoje foi um parceiro nosso, mas \u00e9 o que vem acontecendo bastate \u00e9 da popula\u00e7\u00e3o achar que a gente est\u00e1 indo tirar a energia porque quer. N\u00e3o, a gente s\u00f3 est\u00e1 indo fazer o nosso trabalho”, afirmou o t\u00e9cnico Victor Gabriel de Moura.<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"