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Paralisação foi iniciada em 11 de março e funcionários protestam em Brasília nesta quarta-feira (17). Professores irão decidir sobre adesão à greve em assembleia no dia 29 de abril. Biblioteca da UFSCar em São Carlos está fechada por causa da greve dos funcionários
Gabrielle Chagas/G1
Representantes dos servidores técnicos-administrativos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que estão em greve há mais de um mês, participam de uma manifestação no Ministério da Gestão, em Brasília, nesta quarta-feira. (veja vídeo abaixo).
Os funcionários técnicos-administrativos da UFSCar, dos quatro campi – São Carlos, Araras, Lagoa do Sino e Sorocaba – aderiram à greve nacional da categoria, iniciada em 11 de março. Eles pedem recomposição salarial e outras medidas.
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O g1 apurou que várias atividades estudantis estão paralisadas por conta da greve dos servidores que resultou no fechamento da biblioteca, dos laboratórios e dos ginásios de esportes.
Os funcionários do restaurante universitário, da limpeza e da segurança são terceirizados e mantêm as atividades normalmente.
Servidores de universidades e institutos federais protestam em Brasília
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Técnicos-administrativos da UFSCar (SintUFSCar), 62 universidades federais estão em greve. Somadas aos Institutos Federais são mais de 320 unidades de ensino paralisadas por reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, e revogação de normas aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Técnicos-administrativos da UFSCar (SINTUFSCar), em assembleia geral decidiu-se pela paralisação das atividades administrativas, com a aprovação da continuidade somente dos serviços essenciais como: trato aos animais, execução da folha de pagamento e atendimentos de saúde, em casos que não podem ser interrompidos, como a realização das matriculas dos novos alunos e a atividade relacionada à permanência estudantil.
Laboratórios da UFSCar estão fechados por causa da greve dos funcionários
Ely Venâncio/EPTV
O comando de greve local diz que analisa e delibera semanalmente sobre outras demandas de trabalho que não estejam apontadas como essenciais, deferindo ou indeferindo, prezando para que não haja prejuízo irreparável à UFSCar, e ao mesmo tempo garantindo o direito de greve de cada servidor.
A categoria reivindica:
Recomposição salarial;
medidas urgentes contra a Reforma Administrativa;
reposição do quadro de servidores por meio da realização de concursos públicos para todos os cargos e fim da terceirização;
aporte de orçamento para as instituições federais de ensino.
Ginásio esportivo do campus da UFSCar em São Carlos está fechado por causa da greve
Reprodução/EPTV
Segundo o sindicato houve várias tentativas de negociações com o governo, mas, em nenhuma delas foi apresentada uma proposta que atendesse as reivindicações da categoria.
A reitoria da UFSCar disse que respeita o direito de greve e apoia a manifestação dos servidores (leia abaixo moção de apoio), e confirmou que serviços essenciais na universidade foram prejudicados com a paralisação.
“A greve dos servidores técnicos-administrativos afetou todos os serviços da universidade, dada a importância do trabalho dos servidores desta categoria no cotidiano das atividades acadêmicas e administrativas da universidade.”
Disse ainda que tem mantido diálogo constante com o comando local de greve sobre as atividades a serem mantidas para a manutenção e funcionamento da universidade.
Professores não estão em greve
Campus da UFSCar em São Carlos
Reprodução/EPTV
Os professores da UFSCar ainda não aderiram à greve e as aulas teóricas têm ocorrido normalmente.
A Associação dos Docentes em Instituições Federais de Ensino Superior de São Carlos, Araras, Sorocaba e Lagoa do Sino (ADUFSCar) emitiu nota dizendo que o sindicato tem autonomia para decidir se e quando adere ao movimento grevista e que a decisão será tomada em assembleia a ser realizada no dia 29 de abril.
“Embora o Sindicato Nacional tenha decidido pelo início da greve em 15 de abril, aqui na UFSCar e no IFSP campus de São Carlos temos autonomia e tormaremo esta decisão em assembleia”, diz a nota.
Leia a moção de apoio da UFSCar à greve dos servidores:
“Após reunião do Conselho Universitário, a UFSCar publicou uma moção de apoio à greve dos funcionários. Leia abaixo
O Conselho Universitário (ConsUni), em reunião realizada em 23 de fevereiro de 2024, manifestou apoio à reestruturação da carreira das servidoras e dos servidores Técnico-Administrativos em Educação (TAEs), reconhecendo a importância do papel desempenhado por esses profissionais para o sucesso das atividades acadêmicas e administrativas das instituições superiores de ensino.
A reestruturação da carreira das servidoras e dos servidores TécnicoAdministrativos em Educação (TAEs) é fundamental para promover a valorização adequada desses profissionais, para que possam continuar a contribuir com a qualidade do ensino no Brasil. A valorização da categoria também fortalece as Universidades, uma vez que promove a permanência nos cargos. Atualmente há uma desigualdade importante quando a carreira dos TAEs é comparada às demais carreiras do executivo.
O Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE) é uma importante conquista destes servidores e para que siga fortalecendo a categoria, a UFSCar entende que é essencial que as demandas de reestruturação da carreira e a recomposição salarial da categoria sejam atendidas.
Profa. Dra. Ana Beatriz de Oliveira – Presidente do Conselho Universitário – UFSCar”
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