
Suas últimas palavras foram divulgadas pelo canal oficial de notícias do Vaticano nesta terça (22). Massimiliano Strappetti prestava cuidados 24 horas ao pontífice. Funeral do papa Francisco: Vaticano confirma cerimônia no sábado (26)
Entre as últimas palavras ditas pelo Papa Francisco antes de morrer, o pontífice agradeceu seu enfermeiro pessoal, que o ajudou a surpreender a multidão na Praça de São Pedro no Domingo de Páscoa com um breve passeio no papamóvel — o primeiro desde que sobreviveu a uma pneumonia dupla que o deixou hospitalizado por cinco semanas.
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“Obrigado por me trazer até a praça”, disse Francisco a Massimiliano Strappetti, que prestava cuidados 24 horas ao pontífice, segundo informou o canal oficial de notícias do Vaticano nesta terça-feira (23).
Funeral do papa Francisco
O Vaticano anunciou que o funeral do papa Francisco será às 5h de sábado (26), 10h no horário local de Roma. A data e outros detalhes foram decididos durante a reunião de cardeais nesta terça-feira (22).
Segundo o Vaticano, às 5h de sábado (no horário de Brasília) será celebrada a Santa Missa Exequial do papa Francisco na Basílica de São Pedro, presidida pelo cardeal Giovanni Battista. Após a missa fúnebre, o corpo do pontífice seguirá em procissão até a Basílica de Santa Maria Maggiore, onde será sepultado.
A Missa Exequial é uma celebração litúrgica católica realizada por conta do falecimento de uma pessoa e durante o funeral. O rito está previsto no livro “Ordem das Exéquias do Sumo Pontífice”, que determina as cerimônias fúnebres do pontífice.
O caixão com o corpo do pontífice será trasladado da Capela de Santa Marta para a Basílica de São Pedro na quarta-feira (23) às 4h no horário de Brasília, às 9h no horário local, e ficará exposto para homenagens do público. O traslado terá procissão que passará pela Praça Santa Marta e pela Praça dos Protomártires Romanos, sairá pelo Arco dos Sinos em direção à Praça de São Pedro e entrará na basílica pela porta central.
O funeral de Francisco será cercado por uma série de cerimônias da Igreja Católica para se despedir do pontífice. Mais cedo, o Vaticano havia informado que a cerimônia ocorreria entre sexta-feira (25) e domingo (28).
O Vaticano divulgou nesta terça-feira as primeiras imagens do papa Francisco no caixão
Associated Press
Francisco morreu aos 88 anos na segunda-feira (21). O Vaticano informou que o papa sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), seguido de um quadro de insuficiência cardíaca irreversível.
Nos próximos dias, a Igreja Católica deve realizar uma série de cerimônias para se despedir de Francisco. Os ritos são divididos em três etapas, que vão desde a preparação do corpo até o enterro.
A primeira etapa ocorreu ainda na segunda-feira, quando a Igreja confirmou oficialmente a morte do papa e selou os aposentos papais.
Nas próximas horas, o corpo de Francisco deve ser vestido com batina branca e vestes vermelhas e colocado em um caixão de madeira simples. A urna funerária será levada em procissão até a Basílica de São Pedro, onde ficará exposta por três dias.
Entenda como será o funeral do papa Francisco
A partir da quarta-feira, quando o corpo do papa for levado à Basílica de São Pedro, os fiéis poderão prestar as últimas homenagens.
Após a exposição pública, um pano branco será colocado sobre o rosto de Francisco. Em seguida, será celebrada uma missa fúnebre, com uma homilia sobre a vida e a espiritualidade do papa.
Depois da missa, o corpo será levado em procissão por Roma até a Basílica de Santa Maria Maggiore, onde será sepultado.
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Papa simplificou funeral
O Papa Francisco na Basílica de São Paulo, em Roma, no dia 25 de janeiro de 2016
Remo Casilli/Reuters
Francisco aprovou uma reforma que simplificou os rituais funerários de pontífices cinco meses antes de morrer. Uma das alterações permite que o sepultamento dos papas ocorra fora do Vaticano, atendendo ao desejo de Francisco de ser enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore.
A reforma também eliminou a exigência de três caixões tradicionais — de cipreste, chumbo e carvalho. Agora, a urna terá apenas uma estrutura de madeira revestida por zinco.
A simplificação, segundo o mestre de cerimônias litúrgicas do Vaticano, monsenhor Diego Ravelli, visa “enfatizar ainda mais que o funeral do Romano Pontífice é o de um pastor e discípulo de Cristo, e não de um homem poderoso deste mundo”.
Além disso, também foi eliminada a exigência de que o papa fosse colocado em um caixão elevado na Basílica de São Pedro para exibição pública.
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