Cid deixa o STF após depor sobre áudios vazados


Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro firmou delação premiada, mas foi gravado acusando investigadores e STF. Gravações foram reveladas pela revista ‘Veja’. O coronel do Exército Mauro Barbosa Cid chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) no início da tarde desta sexta-feira (22) para prestar mais um depoimento relacionado à delação premiada firmada com a Polícia Federal.
Desta vez, no entanto, Cid deve ser ouvido por um juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes sobre o conteúdo dos áudios revelados pela revista “Veja” nesta quinta (21).
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O depoimento estava marcado para as 13h. Pouco antes das 13h20, o STF confirmou que Cid já estava em audiência.
Nos áudios, Cid acusa Moraes (que homologou a delação) e agentes da PF de estarem com a “narrativa pronta” – ou seja, de irregularidades ao longo do acordo de delação. Segundo Cid, os investigadores “não queriam saber a verdade”.
Segundo apuraram os blogs de Camila Bomfim, Andréia Sadi e Gerson Camarotti no g1, o novo depoimento pode definir o futuro da delação premiada. A depender das explicações, o acordo pode até ser rescindido pela Justiça.
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O advogado de Mauro Cid, Cezar Bittencourt, afirmou ao blog da Camila Bomfim que os áudios revelam um “desabafo”, já que Cid vive um momento de angústia “pessoal, familiar e profissional”.
“Mauro César Babosa Cid em nenhum momento coloca em xeque a independência, funcionalidade e honestidade da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República ou do Supremo Tribunal Federal na condução dos inquéritos em que é investigado e colaborador, aliás, seus defensores não subscrevem o conteúdo de seus áudios”, afirmou.
Já o blog da Andreia Sadi revelou que a PF pode reavaliar a delação de Cid, que foi aceita pelos investigadores em setembro de 2023.
Segundo a apuração feita pela jornalista, integrantes da PF avaliam que Cid parece estar tentando mandar recados para o círculo pessoal dele e que, se confirmado como gesto a Bolsonaro, será considerado um tiro no pé.
Mauro Cid durante depoimento na CPI dos Atos Golpistas
Geraldo Magela/Agência Senado
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