Centro de Teresina tem maioria dos furtos e homicídios se concentram na Zona Norte; ‘crime é geolocalizado’, diz secretário


Análise de dados mostra comportamento localizado de alguns tipos de crimes não só em Teresina como também no interior do estado. Informações balizam ações da Secretaria de Segurança. SSP apresenta dados criminais no PI e secretário avalia casos de roubo e homicídios: ‘o crime está geolocalizado’
Maria Romero/g1
O secretário de segurança do Piauí, Chico Lucas, informou que as forças de segurança no estado, em especial em Teresina, têm atuado de forma concentrada em regiões onde alguns tipos de crime têm prevalência, como o furto no Centro e os homicídios na Zona Norte. Ele declarou, em entrevista nesta quarta-feira (3), que “o crime é geolocalizado” e é preciso atuar levando essa característica em consideração.
As informações foram fornecidas durante Workshop Segurança em Dados, oferecido à imprensa no auditório da Secretaria de Segurança Pública do estado, Zona Leste de Teresina. Além de apresentação dos dados de crimes do primeiro trimestre do ano, foram informados modelos de coleta dos dados e o modo como essas informações têm balizado a atuação da Secretaria.
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Segundo ele, foram feitas adaptações nas divisões por Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisp). Em todo o Piauí, há 31 áreas. Em Teresina, são nove. Elas foram divididas conforme a população e cada uma tem em média 100 mil habitantes.
Com base nisso, a polícia tem avaliado as dinâmicas criminais por região. Conforme o secretário Chico Lucas, os estudos de mapeamento e geolocalização foram realizados com bases em divisões já adotadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
‘Crime geolocalizado’
Alguns dos dados apresentados mostram, por exemplo, que os crimes de homicídio aumentaram na chamada “Zona Leste 1”, considerada a região nobre da cidade. O aumento, que compara dados do primeiro trimestre de 2023 (4 casos) e 2024 (7 casos), foi de 75%.
O secretário, contudo, comenta o aspecto particular desta Área Integrada de Segurança Pública (Aisp), pela proximidade com a região Norte da capital.
“Esta região, onde estão os bairros como Morada do Sol e Jóquei [bairros nobres], engloba também a região do Socopo, grande Pedra Mole [bairros da periferia], onde o comportamento é diferente em relação aos bairros nobres. Tanto que todas as mortes nessa Aisp foram na região do Pedra Mole”, explicou.
Nesta, embora os casos tenham reduzido no trimestre em relação a 2023, os números totais são os mais altos da cidade: 11 casos na Zona Norte 1 (área urbana) e 10 casos na Zona Norte 2 (área rural).
O delegado João Marcelo Brasileiro, gerente de análise e estatística criminal da SSP, explicou que esses dados são considerados para ações pontuais e gerais, como reforço de blitz e fiscalizações na região, por exemplo.
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