
Welton da Silva Vieiga foi alvo da Operação Malavita, que apontou a participação de policiais em um grupo de extermínio. O PM morreu em um confronto com a Polícia Civil (PC). PM Welton Silva Vieiga em Goiás
Reprodução/TV Anhanguera
O policial militar envolvido na morte do empresário Fábio Escobar também foi investigado por matar um fazendeiro, em Anápolis. Welton da Silva Vieiga morreu em um confronto com a Polícia Civil (PC). Ele foi alvo da Operação Malavita, que apontou a participação de policiais em um grupo de extermínio.
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As investigações apontaram que Welton matou Escobar, em junho de 2021, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Conforme apurado pela TV Anhanguera, a polícia também identificou que o policial atirou e matou Luiz Carlos Ribeiro da Silva, em dezembro de 2022, também em Anápolis.
Luiz Carlos Ribeiro da Silva foi assassinado em dezembro de 2022, em Anápolis, Goiás
Reprodução/TV Anhanguera
As investigações da morte de Luiz identificaram que o carro de onde foram feitos os disparos que mataram o fazendeiro saiu da casa de Welton minutos antes do crime e, após a execução, voltou. Um mês após a morte de Luiz, a Polícia Civil (PC) foi até a casa do policial para prendê-lo.
De acordo com o boletim de ocorrência, quando os policiais civis chegaram na casa, Welton não se entregou e atirou contra os agentes, que revidaram e acertaram o militar, que morreu no local. As investigações da morte de Luiz ainda identificaram que o carro usado por Welton era emprestado.
Polícia investiga se ex-agente penitenciário tem envolvimento em morte de empresário
Conforme apurado pela TV Anhanguera, o carro pertencia ao ex-agente penitenciário Janderson da Silva Santos, também investigado por envolvimento no homicídio. Em nota, a defesa de Janderson disse que as alegações são incondizentes e que provará que o ex-agente não participou do crime.
Caso Escobar
A Polícia Civil (PC) concluiu que o empresário Fábio Escobar foi assassinado no dia 23 de junho de 2021 por vingança após denunciar desvios de dinheiro na campanha eleitoral de 2018 do ex-presidente do Democratas, Carlos César de Toledo, conhecido como Cacai.
Cacai junto com Jorge Caiado, que tem prestígios na Secretaria de Segurança Pública (SSP), usou da proximidade com policiais militares para planejar e matar Escobar. Eles aliciado agentes para executarem o assassinato e prometido promoções por “ato de bravura”.
A polícia apurou que, dois dias antes do assassinato do empresário, Welton habilitou uma nova linha em um celular furtado por policiais, fingiu ser um “Fernando” e, por mensagens, tentou fechar negócios com ele. A investigações concluiu que o policial matou o empresário.
Grupo de extermínio
A Polícia Civil (PC) deflagrou em 2014 a Operação Malavita para combater uma organização criminosa que agia em Anápolis. Segundo as investigações, o grupo atuava com extorsão, sequestro, tortura e homicídios. Na época, 54 vítimas foram identificadas, sendo que a maioria foi assassinada.
Welton foi preso em outubro de 2014 em um desdobramento da operação e foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) por organização criminosa e extorsão. O processo contra ele por homicídio foi arquivado em janeiro deste ano, conforme pesquisa pública.
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