Trânsito em um das principais vias de Salvador fica engarrafado por causa de cratera em pista; manutenção foi suspensa por causa da chuva


Capital baiana registrou quedas de árvores na madrugada desta terça-feira (9). Asfalto cedeu após chuva na orla de Salvador
O trânsito na Avenida Octávio Mangabeira, uma das principais de Salvador, no trecho da orla do bairro de Patamares, ficou intenso na manhã desta terça-feira (9) por causa de uma cratera formada na pista no sábado (6). A manutenção do local foi interrompida por causa da forte chuva que atinge a capital baiana desde o domingo (7).
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Por causa do buraco, localizado próximo ao início da Avenida Pinto de Aguiar, formado na noite de segunda-feira (8), a recomendação da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) é de que os motoristas evitem a região, sentindo Itapuã.
O local foi isolado com cones e agentes da Transalvador monitoram o tráfego. Como alternativa, os motoristas podem usar a Avenida Luís Viana Filho, conhecida popularmente como Paralela.
Em nota, a Superintendência de Obras Públicas do Salvador (Sucop) informou que o trabalho de reparo deve ser reiniciado após a melhora das condições do tempo.
Quedas de árvores
Ao menos três árvores caíram na madrugada desta terça-feira, por causa do mau tempo. Os casos aconteceram nos bairros do Corredor da Vitória, Santa Tereza e Caminho das Árvores.
No Corredor da Vitória, a árvore caiu nas imediações do Posto BR e o trânsito da região foi afetado. Segundo a Transalvador, o local está sinalizado e agentes da Secretaria de Manutenção da Cidade (Seman) realizam a retirada do tronco.
Já no bairro de Santa Tereza, a queda da árvore aconteceu na Rótula do Abacaxi e parte do trânsito segue interditado. A Secretaria de Manutenção da Cidade (Seman) deve realizar a retirada da árvore.
No Caminho das Árvores, a queda da árvore foi na rua Benjoim, em frente a um prédio residencial. Uma equipe da Seman já está em deslocamento para atender a ocorrência.
Temporal em Salvador
Chuva causa transtornos em Salvador
Reprodução/TV Bahia
As fortes chuvas de Salvador causaram mais de 100 deslizamentos, deixaram um túnel de uma importante via alagado e mais de cinco mil alunos sem aula na segunda-feira (8).
A capital baiana foi atingida por um sistema meteorológico chamado “Cavados”, que consiste na formação de correntes de vento no céu e de nuvens de tempestade. Na prática, isso significou um grande volume de água — mais de 150 milímetros na últimas 72 horas.
Por consequência, a Defesa Civil da cidade (Codesal) acionou as 14 sirenes do Sistema de Alerta e Alarme instaladas em áreas de risco prioritárias na cidade: Mamede, Bom Juá, Irmã Dulce, Mangabeira 1, Mangabeira 2, Calabetão, Vila Picasso, Creche, Moscou, Voluntários da Pátria, Baixa do Cacau, Bosque Real, Olaria e Vila Sabiá.
A medida prevê que os moradores das localidades sejam conduzidos a uma unidade de acolhimento localizada em escolas, onde ficam abrigadas até que não haja mais risco.
Confira o balanço de ocorrências registrado pela Codesal até 18h30:
129 deslizamentos de terra;
42 ameaças de desabamento;
42 ameaças de deslizamento;
81 avaliações de imóveis alagados.
No início da manhã desta terça-feira, a chuva diminuiu em Salvador. A capital baiana não registrou ocorrências graves até 7h30.
Desabamentos e quedas de estruturas
Em Cajazeiras 7, o teto de um terreiro desabou e levou parte de uma parede. Um vídeo feito por pessoas que estavam no local mostra o espaço religioso completamente destruído.
É possível ver que cadeiras e outros itens foram arrastados e quebrados com o impacto. Por sorte, ninguém ficou ferido.
A garagem de um prédio no bairro do Politeama cedeu ainda na madrugada. O síndico Fábio Souto viu o momento que a estrutura desabou e correu para garantir que todos saíssem do edifício sem grandes riscos.
Registro da estrutura do prédio após deslizamento
Reprodução/TV Bahia
Não houve feridos graves, mas três carros e uma motocicleta que estavam na garagem despencaram junto com a estrutura.
Dois prédios são atingidos por deslizamento de terra em Salvador
O deslizamento de terra que se seguiu atingiu ainda a sede da Superintendência de Trânsito (Transalvador) na rua abaixo. O teto do prédio institucional foi destruído.
Serviços interrompidos

Jefferson-Peixoto/Secom
Os elevadores e ascensores de Salvador tiveram os funcionamento interrompidos por causa da chuva. Na segunda-feira, não funcionaram:
Elevador Lacerda;
Elevador do Taboão;
Plano Inclinado Gonçalves;
Travessia Ribeira-Plataforma.
De acordo com a prefeitura, os ascensores foram impactados por uma queda de energia na região do Centro.
Já a Travessia Ribeira-Plataforma foi impactada pelos fortes ventos e o mar agitado que impede a atracagem das embarcações no terminal de Plataforma.
Os serviços serão retomados quando as condições de operação voltarem a normalidade.
Mais de 5 mil estudantes sem aulas
Professores da Escola Municipal Pirajá da Silva aderiram a greve, em Salvador
Maiana Belo/G1 BA
Mais de 5 mil alunos de 12 escolas municipais de Salvador tiveram as aulas suspensas após as unidades serem disponibilizadas para servir de abrigos temporários para vítimas das chuvas.
Segundo a prefeitura, os locais foram disponibilizados para as pessoas que moram em áreas consideradas de risco, que podem registrar deslizamentos de terra e desabamentos por causa da chuva.
Desalojados e desabrigados
Com o acionamento das sirenes nas localidades de risco por causa da chuva, 45 pessoas foram acolhidas na segunda, em unidades provisórias para desalojados e desabrigados, instaladas em escolas municipais.
Atualmente, há pessoas assistidas em seis unidades de acolhimento provisório montadas nas comunidades:
Baixa do Cacau (24)
Calabetão (1)
Bom Juá (4)
Mangabeira (10)
Voluntários da Pátria (2)
Irmã Dulce (4)
Nas outras localidades, equipes da Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre) estão de prontidão para assegurar alojamento seguro.
Previsão é de chuva
Após um dia de prejuízos para moradores da capital baiana, a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de mais chuva para os próximos dias.
Segundo a meteorologista Cláudia Valéria, o volume de água só deve diminuir a partir de quinta-feira (11).
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