
PM afirma que câmeras estão sendo utilizadas em serviço operacional, “em atividades com maior interação com a população”. Equipamentos são ligados no momento que saem do local de carregamento, diz PM. Equipamentos foram usados na segunda (8) em ocorrência em Londrina
Mônica Dau/RPC Londrina
A Polícia Militar do Paraná (PM-PR) começou um teste operacional com 300 câmeras corporais na segunda-feira (8), afirmou a corporação em comunicado nesta terça-feira (9).
Os equipamentos em teste foram distribuídos para Curitiba, Cascavel, Maringá, Londrina, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Colombo e Paranaguá. A PM não informou como foi a distribuição dos itens nas cidades.
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A PM destacou que as câmeras estão “sendo aplicados no serviço operacional, em atividades com maior interação com a população”, mas não detalhou quais ações especificamente.
Na segunda-feira (8) os equipamentos em teste foram vistos durante ação da PM em Londrina contra uma dupla suspeita de fazer 14 pessoas reféns em um loja no centro da cidade.
Polícia Militar do Paraná usará câmeras por um ano, como teste
PM-PR
Os aparelhos foram alugados, com custo anual de R$ 1.008.000,00, ou R$ 84 mil por mês . A polícia assinou, em novembro de 2023, um contrato com a empresa Tronnix Soluções de Segurança LTDA., de Goiânia (GO), que é a fornecedora.
A corporação afirmou que a gravação inicia a partir do momento em que as câmeras são removidas do local de carregamento da bateria e que resta ao policial que a utilizar apenas acionar o áudio em ações de “interesse público”.
“As câmeras iniciam o processo de gravação imediatamente após serem removidas da estação de armazenamento e carregamento, no início do serviço da equipe policial, restando ao operador apenas o acionamento do botão frontal de áudio em ocorrências ou quaisquer situações de interesse público”, diz a nota da PM.
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Armazenamento das imagens
A nota da PM diz ainda que as imagens produzidas pelas câmeras serão exportadas e armazenadas em um software de gestão de nuvem.
“Gerando os registros de maneira automática no momento em que o dispositivo é colocado na base de carregamento, não havendo nenhuma atuação do policial militar no funcionamento do equipamento, com a plena preservação das imagens registradas, para utilização nos termos previstos em lei”, diz o comunicado.
Por quanto tempo as câmeras vão gravar?
Segundo a PM, cada câmera corporal possui autonomia de 12 horas contínuas de gravação, produzindo imagens a uma resolução de 720p. As câmeras vão armazenar, no mínimo, 64 gigabytes.
Onde as câmeras ficarão nas fardas?
O aparelho deverá ficar na altura dos ombros ou na parte superior do tronco do policial. A empresa terá que fornecer acessórios para acoplar o equipamento à farda.
De acordo com o edital, o acessório que fixa a câmera na farda deverá “ser seguro o suficiente para que o equipamento não se desacople nos casos em que o policial tenha que correr, saltar ou participar de contatos físicos”.
A empresa deverá fornecer aparelhos com lacres, “de forma a detectar tentativas de desinstalação ou violação”.
Realidade em outros estados
De acordo com o Ministério da Justiça, as câmeras nas fardas de policiais já funcionam em pelo menos cinco estados brasileiros.
Em janeiro deste ano, o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), vinculado ao ministério, recomendou o uso de câmeras corporais nos agentes de segurança pública e privada.
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