
Mário Benedito da Silva (União Brasil) foi condenado pela Justiça a um ano e quatro meses de prisão em regime aberto por assédio e importunação sexual. Mario Benedito Silva, de Bragança Paulista
Reprodução/Facebook
A Câmara de Bragança Paulista (SP) vota, nesta terça-feira (9), a abertura de um processo que pode definir a cassação do suplente de vereador Mário Benedito da Silva (União Brasil), condenado a um ano e quatro meses por assédio e importunação sexual.
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Mário Benedito da Silva foi condenado após ter sido denunciado por uma mulher, que o acusa de ter praticado assédio e importunação sexual em 2021, quando ambos trabalhavam na prefeitura da cidade – leia mais detalhes abaixo.
De acordo com a Câmara Municipal, a votação da abertura de uma comissão processante – que vai analisar a cassação – está prevista para acontecer às 14h desta terça.
Mário é suplente de vereador. Ele assumiu o mandado por 10 dias no fim de março, período em que a titular do cargo e presidente da Câmara, Gi Borboleta (União Brasil), atuou como prefeita por conta das férias do prefeito Amauri Sodré da Silva (União Brasil).
Câmara Bragança Paulista
Divulgação
O caso
O vereador Mário Benedito da Silva (União Brasil), de Bragança Paulista, foi condenado pela Justiça a um ano e quatro meses de prisão em regime aberto por assédio e importunação sexual.
O caso aconteceu em 2021 contra uma funcionária da prefeitura, quando o Mário Benedito da Silva exercia cargo comissionado na administração municipal.
A decisão da 1ª Vara Criminal de Bragança Paulista é do dia 1° de abril. Cabe recurso. O vereador nega o crime – veja mais abaixo o que ele diz.
Denúncia
O crime foi praticado em 2021, mas a mulher registrou boletim de ocorrência dez meses após deixar de trabalhar com o acusado.
Segundo a denúncia, a mulher trabalhava como funcionária do setor de zeladoria da prefeitura, quando passou a ser assediada pelo chefe da equipe, Mário Benedito. Atualmente ele atua como vereador suplente, mas, na época, tinha um cargo comissionado no executivo.
Ainda segundo a denúncia, a equipe se deslocava em uma van pela cidade para executar os trabalhos de zeladoria, enquanto a vítima frequentemente ia em um carro que ficava com o acusado. Em depoimento, a vítima informou que isso acontecia contra a vontade dela.
Também em depoimento, a vítima relatou que, durante as viagens de carro, Mário Benedito a assediou diversas vezes, passando a mão nas pernas da mulher e a convidando para sair.
Uma testemunha que também prestou depoimento afirmou que, após os episódios, a mulher chegou a apresentar sinais de ansiedade e pediu para trocar de equipe na prefeitura.
Mario Benedito Silva, de Bragança Paulista
Reprodução/Facebook (Mario Benedito Silva)
Condenação
A juíza responsável pelo caso, Simone Rodrigues Valle, condenou Mário Benedito da Silva a um ano e quatro meses de prisão por importunação e assédio sexual, em regime inicial aberto.
A condenação prevê ainda que, para que a pena possa ser cumprida no regime aberto, o réu preste serviços à comunidade e pague o valor de três salários mínimos para uma entidade assistencial de Bragança Paulista.
De acordo com a juíza, as provas e depoimentos não deixaram dúvidas de que Mário Benedito usou sua condição de superior no trabalho para assediar a vítima sexualmente.
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O que diz o vereador?
A reportagem entrou em contato com Mário Benedito da Silva, que negou as acusações e disse que vai recorrer da decisão judicial. De acordo com ele, a acusação é motivada por uma briga por cargo.
Além de ter ocupado o cargo na prefeitura, Mário já teve três mandatos como vereador de Bragança Paulista. Atualmente, ele é vereador suplente da Câmara Municipal.
O que diz a Prefeitura de Bragança Paulista?
A reportagem também entrou em contato com a Prefeitura de Bragança Paulista, que informou que Mário Benedito não é mais funcionário da administração municipal.
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