Greve do IFSP paralisa aulas na região de Sorocaba


Paralisação por tempo indeterminado começou, na maior parte das unidades, na quarta (3). No entanto, unidades da região de Sorocaba (SP) aderiram à greve nesta segunda-feira (8). Unidade do IFSP em Sorocaba
Divulgação
Os servidores dos campi do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) de Sorocaba, São Roque e Salto (SP), aderiram à greve nacional nesta segunda-feira (8).
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A paralisação por tempo indeterminado começou, na maior parte das unidades, na última quarta-feira (3). Os funcionários reivindicam reajuste salarial, reestruturação das carreiras, entre outras (entenda mais abaixo).
Confira, abaixo, a situação de cada campus da região:
São Roque
O campus de São Roque informou que respeita o direito constitucional da greve dos docentes e técnicos administrativos e que cada docente deverá informar às turmas sobre sua adesão ou não à greve.
“Diante deste contexto, a Direção-Geral informa que o calendário acadêmico será mantido, devendo ocorrer a reposição ao fim da greve, de acordo com o Termo de Acordo de Greve, assinado pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e pela reitoria do IFSP.
No entanto, frente à incerteza do período de duração da greve, o calendário acadêmico poderá ser suspenso, conforme nova avaliação do cenário e diálogo com a comunidade”, pontuou.
Ainda de acordo com a direção do campus, não haverá o fornecimento de lanches e refeições no restaurante estudantil durante o período de greve, mas os serviços essenciais, como auxílios, pagamento das bolsas em andamento e Programa de Auxílio Permanência, estágios e questões relacionadas ao seguro dos estudantes serão mantidos.
Sorocaba
No sábado (6), a diretoria do campus de Sorocaba informou que vai analisar a viabilidade de manutenção do calendário acadêmico, assim como os serviços essenciais, “mediante avaliação do cenário da greve” após segunda-feira (8).
Desde então, não houve nenhuma manifestação a respeito da paralisação.
Salto
A direção do campus de Salto informou que, assim como campus de São Roque, manterá as atividades essenciais, como auxílios, pagamentos das bolsas em andamento – Bolsa Ensino, Pesquisa e Extensão -, estágios e questões relacionadas ao seguro dos estudantes.
“Cada coordenador, ou o próprio professor, irá informar ás turmas quais as aulas que ocorrerão durante o período de greve”, pontuou.
➡️Quais as reivindicações dos funcionários?
reestruturação das carreiras;
recomposição salarial;
revogação de normas relacionadas à educação que foram aprovadas nos governos Temer (2016-2018) e Bolsonaro (2019-2022), como o novo ensino médio;
reforço no orçamento das instituições de ensino e reajuste imediato de auxílios estudantis.
➡️O que diz o governo?
O Ministério da Gestão afirma que viabilizou, em 2023, um reajuste linear de 9% no salário dos servidores e de 43,6% no auxílio-alimentação. Segundo a pasta, foi o primeiro acordo firmado com as categorias nos últimos 8 anos.
Para 2024, o governo diz que apresentou uma proposta de:
elevar o auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil;
aumentar 51% dos recursos de assistência à saúde;
subir o auxílio-creche de R$ 321 para R$ 489,90.
Esses itens estão sendo debatidos com as entidades educacionais em mesas específicas, segundo o que o Ministério da Gestão disse ao g1. Um relatório final com o plano de reestruturação das carreiras será apresentado em 27 de março à ministra Esther Dweck.
O Sisasefe (sindicato nacional que representa os servidores) confirma que o diálogo dos sindicatos com o governo federal começou em junho de 2023, mas “o governo não mostrou um atendimento compatível às demandas da categoria até o momento”.
“A partir da reunião de 18/12/2023, os servidores federais da Educação Profissional, Científica e Tecnológica passaram a debater a possibilidade de construir uma greve — a qual foi aprovada em 27/03 com deflagração para 03/04”, afirma a entidade de trabalhadores.
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