Polícia Federal suspeita que organização criminosa tenha movimentado R$ 15 milhões ilegalmente. Operação investiga fraudes milionárias em financiamentos de carros de luxo
A quadrilha investigada na Operação “Creditum”, realizada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (16), contava com apoio de funcionários de bancos, gerentes e diretores de concessionárias, suspeitos de serem coniventes com o esquema criminoso de fraudes em financiamentos de carros de luxo em Manaus.
De acordo com a PF, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão na capital amazonense, além de Manacapuru e também no Rio de Janeiro. A suspeita é que tenham sido movimentados ilegalmente cerca de RS 15 milhões com as práticas criminosas.
A Polícia Federal também aprendeu 40 carros de luxo e bloqueou as contas dos suspeitos, enquanto aguardam as próximas etapas judiciais.
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O principal alvo da operação foi o empresário Paulo César Oliveira, conhecido como Paulinho Benoliel, suspeito de ser proprietário de várias empresas fantasmas usadas para facilitar os financiamentos fraudulentos.
O esquema envolvia o uso de Cadastros Nacionais de Pessoas Jurídicas (CNPJs) falsos para obter descontos na compra de veículos, que eram depois repassados para os compradores finais. Parte dos descontos obtidos ficava com os responsáveis pelas empresas falsas.
Durante a operação, a PF apreendeu joias e munição na residência de Paulinho Benoliel, enquanto Ítalo Santana Vasconcelos, gerente de uma concessionária da Audi em Manaus, também foi identificado como envolvido, ostentando em suas redes sociais viagens ao Brasil e ao exterior.
Como funcionava o esquema
Conforme as investigações da PF, a prática fraudulenta era realizada quando uma pessoa física usava o CNPJ de uma empresa fantasma para conseguir descontos na compra do automóvel. Dessa forma os carros eram registrados no nome da empresa fantasma, que posteriormente repassava o veículo para a pessoa física.
De acordo com o órgão, participavam do esquema criminoso gerentes e funcionários de instituições financeiras e de concessionárias dos automóveis de alto padrão. Os suspeitos se aproveitavam da legislação brasileira, que prevê descontos nos impostos na aquisição de automóveis para empresas.
“Pessoas jurídicas que não tinham uma movimentação financeira compatível com a aquisição de carros de luxo. Então, uma pessoa jurídica, por exemplo, que tem uma movimentação financeira baixa ou nula, adquirindo três, quatro, cinco milhões em veículos, em determinado período”, explicou o delegado regional e executivo da Polícia Federal no Amazonas, Sávio Pinzon.
A operação vai continuar com a análise do material apreendido, de documentos e mídias digitais, em conjunto com a Receita Federal. Também será apurada se houve a intenção de cometer o crime por parte das concessionárias que vendiam os veículos.
“A participação das revendedoras ou concessionárias vai ser investigado pela Polícia Federal. A empresa que vende o veículo para essas pessoas jurídicas, a investigação vai justamente chegar, tentar chegar, a qual a participação dessas empresas que vendiam esses veículos” explicou o delegado.
Defesas
A defesa de Paulo César Oliveira nega as acusações de envolvimento nos crimes investigados pela Polícia Federal. Em nota, seus advogados afirmaram que o cliente irá colaborar com a Justiça para provar sua inocência e manifestaram confiança na Justiça Federal e no Ministério Público Federal.
Os advogados da concessionária mencionada no início da reportagem também se posicionaram, esclarecendo que o processo em questão remonta a 2023, antes da aquisição da marca pelos atuais proprietários. A defesa da loja afirmou que irá analisar os autos do processo para compreender melhor os fatos e as supostas práticas citadas.
A Rede Amazônica não conseguiu contato com a defesa da outra concessionária envolvida na operação.
A defesa de Ítalo Santana Vasconcelos, gerente da revendedora da Audi em Manaus e indiciado na operação “Creditum” da Polícia Federal, também se manifestou. Segundo os advogados, os fatos imputados a Ítalo ocorreram em 2023 e precisam ser investigados mais a fundo pela polícia. Até o momento, a defesa não teve acesso aos autos do processo, que estão sob sigilo.
Em comunicado, a defesa afirmou que os fatos serão apurados nas esferas competentes e destacou a importância de uma investigação completa para esclarecer todas as circunstâncias do caso. Rejeitaram as acusações e ressaltaram que Ítalo está à disposição das autoridades para os devidos esclarecimentos.
A defesa concluiu afirmando que, embora as acusações ainda precisem ser apuradas, confiam na imparcialidade e independência da Justiça, com a expectativa de que a verdade prevaleça.
A quadrilha investigada na Operação “Creditum”, realizada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (16), contava com apoio de funcionários de bancos, gerentes e diretores de concessionárias, suspeitos de serem coniventes com o esquema criminoso de fraudes em financiamentos de carros de luxo em Manaus.
De acordo com a PF, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão na capital amazonense, além de Manacapuru e também no Rio de Janeiro. A suspeita é que tenham sido movimentados ilegalmente cerca de RS 15 milhões com as práticas criminosas.
A Polícia Federal também aprendeu 40 carros de luxo e bloqueou as contas dos suspeitos, enquanto aguardam as próximas etapas judiciais.
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O principal alvo da operação foi o empresário Paulo César Oliveira, conhecido como Paulinho Benoliel, suspeito de ser proprietário de várias empresas fantasmas usadas para facilitar os financiamentos fraudulentos.
O esquema envolvia o uso de Cadastros Nacionais de Pessoas Jurídicas (CNPJs) falsos para obter descontos na compra de veículos, que eram depois repassados para os compradores finais. Parte dos descontos obtidos ficava com os responsáveis pelas empresas falsas.
Durante a operação, a PF apreendeu joias e munição na residência de Paulinho Benoliel, enquanto Ítalo Santana Vasconcelos, gerente de uma concessionária da Audi em Manaus, também foi identificado como envolvido, ostentando em suas redes sociais viagens ao Brasil e ao exterior.
Como funcionava o esquema
Conforme as investigações da PF, a prática fraudulenta era realizada quando uma pessoa física usava o CNPJ de uma empresa fantasma para conseguir descontos na compra do automóvel. Dessa forma os carros eram registrados no nome da empresa fantasma, que posteriormente repassava o veículo para a pessoa física.
De acordo com o órgão, participavam do esquema criminoso gerentes e funcionários de instituições financeiras e de concessionárias dos automóveis de alto padrão. Os suspeitos se aproveitavam da legislação brasileira, que prevê descontos nos impostos na aquisição de automóveis para empresas.
“Pessoas jurídicas que não tinham uma movimentação financeira compatível com a aquisição de carros de luxo. Então, uma pessoa jurídica, por exemplo, que tem uma movimentação financeira baixa ou nula, adquirindo três, quatro, cinco milhões em veículos, em determinado período”, explicou o delegado regional e executivo da Polícia Federal no Amazonas, Sávio Pinzon.
A operação vai continuar com a análise do material apreendido, de documentos e mídias digitais, em conjunto com a Receita Federal. Também será apurada se houve a intenção de cometer o crime por parte das concessionárias que vendiam os veículos.
“A participação das revendedoras ou concessionárias vai ser investigado pela Polícia Federal. A empresa que vende o veículo para essas pessoas jurídicas, a investigação vai justamente chegar, tentar chegar, a qual a participação dessas empresas que vendiam esses veículos” explicou o delegado.
Defesas
A defesa de Paulo César Oliveira nega as acusações de envolvimento nos crimes investigados pela Polícia Federal. Em nota, seus advogados afirmaram que o cliente irá colaborar com a Justiça para provar sua inocência e manifestaram confiança na Justiça Federal e no Ministério Público Federal.
Os advogados da concessionária mencionada no início da reportagem também se posicionaram, esclarecendo que o processo em questão remonta a 2023, antes da aquisição da marca pelos atuais proprietários. A defesa da loja afirmou que irá analisar os autos do processo para compreender melhor os fatos e as supostas práticas citadas.
A Rede Amazônica não conseguiu contato com a defesa da outra concessionária envolvida na operação.
A defesa de Ítalo Santana Vasconcelos, gerente da revendedora da Audi em Manaus e indiciado na operação “Creditum” da Polícia Federal, também se manifestou. Segundo os advogados, os fatos imputados a Ítalo ocorreram em 2023 e precisam ser investigados mais a fundo pela polícia. Até o momento, a defesa não teve acesso aos autos do processo, que estão sob sigilo.
Em comunicado, a defesa afirmou que os fatos serão apurados nas esferas competentes e destacou a importância de uma investigação completa para esclarecer todas as circunstâncias do caso. Rejeitaram as acusações e ressaltaram que Ítalo está à disposição das autoridades para os devidos esclarecimentos.
A defesa concluiu afirmando que, embora as acusações ainda precisem ser apuradas, confiam na imparcialidade e independência da Justiça, com a expectativa de que a verdade prevaleça.