Segundo os trabalhadores, o motivo da paralisação é o atraso no pagamento do salário de dezembro, que ainda não foi realizado pela empresa. Parte dos funcionários pediu demissão nesta quarta-feira (22). Unidade de saúde na Vila Mariana foi impactada pela paralisação em Aparecida.
Reprodução/TV Vanguarda
A paralisação dos funcionários terceirizados da área da Saúde de Aparecida (SP), que prestam serviço para a rede pública, entrou no segundo dia nesta quinta-feira (23). A paralisação teve início na quarta-feira (22) pelo atraso no pagamento dos salários.
A prefeitura de Aparecida confirmou o atraso no repasse de verba para a empresa terceirizada ANAESP, alegando que não fez pagamento porque não há clareza na prestação de contas da empresa.
Ainda segundo a prefeitura, a ANAESP deveria ter saúde financeira para pagar salários mesmo sem o repasse por pelo menos três meses – leia mais abaixo.
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Sem previsão de quando os salários serão pagos, os funcionários terceirizados estão sem trabalhar. Unidades de saúde estão com parte dos atendimentos suspensos, como é o caso do postinho do bairro Santa Luzia, que está sem médicos, enfermeiros e dentistas.
Diante da situação, cerca de 50 profissionais pediram demissão nesta quarta-feira (22). A reportagem apurou que os trabalhadores são terceirizados, no modelo de trabalho chamado de PJ – Pessoa Jurídica. Os funcionários alegam que não receberam o salário de dezembro.
Na manhã da última quarta-feira (22), um grupo de funcionários participou de uma reunião com a prefeitura, no entanto, segundo os funcionários, eles foram informados de que não há uma previsão de quando será feito o pagamento dos salários atrasados.
Atraso nos salários em Aparecida afeta serviços de saúde no município
O que diz a prefeitura
Por meio de nota, a Prefeitura disse que “solicitou, desde os primeiros dias do ano, uma prestação de contas dos serviços prestados pela ANAESP, para fazer o pagamento dos mesmos, mas, até o momento, não recebeu”.
Ainda segundo a prefeitura, “o pagamento dos funcionários é de responsabilidade da própria empresa e independe dos repasses da Prefeitura. Em contrato assinado entre as partes é estabelecido que a empresa precisa ter saúde financeira para manter pagamentos de funcionários por ao menos três meses mesmo sem qualquer repasse”.
O g1 não conseguiu contato com a ANAESP. A reportagem será atualizada caso a empresa se manifeste.
Com atraso nos salários, funcionários da área da saúde fazem paralisação e pedem demissão em Aparecida, SP
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