Misses prepararam café no coador de pano e foram julgadas por uma bancada de baristas especialistas. Candidatas tiveram direito a ‘decano’, guarda-costas pessoal. Como dentista trouxe o título de Rainha Internacional do Café ao Brasil
Para conquistar o título de Rainha Internacional do Café, a beleza é importante, mas saber preparar um bom café é um diferencial. Na edição de 2025, as misses desfilaram, dançaram e demonstraram suas habilidades como baristas, utilizando o tradicional coador de pano.
“É o método que eu aprendi com a minha mãe”, conta Cristiane Stipp, que trouxe a vitória ao Brasil, que não ganhava o concurso em 11 anos.
Mas, a dentista não contou apenas com as dicas maternas. Para participar do concurso, Cristiane estudou técnicas de preparo de café, como a temperatura ideal e a quantidade de grãos, para enfrentar uma banca formada por baristas especializados.
Apesar da preparação, a representante do Brasil não foi a melhor nessa rodada, vencida pela candidata da Bolívia, que possui uma cafeteria.
Se autodefinindo como uma “café lover”, amante de café, Cristiane nasceu no Paraguai e viveu lá até por volta dos seus 13 anos, quando sua família se mudou para Querência, no Mato Grosso.
Para ela, não existe um dilema entre ser dentista e apaixonada pela bebida.
“Tudo em excesso faz mal, mas um consumo moderado acompanhado de uma boa higiene bucal não faz mal algum. O que recomendamos é a escovação após o consumo ou até mesmo o simples enxágue com água para tirar o excesso de pigmento”, explica.
Filha de produtores de soja e milho, Cristiane tem uma carreira no ramo da beleza e é a Vice Miss Brasil Mundo 2024.
Leia também:
Exame retal em vacas, desfile de 12 km e prova de ordenha: como brasileira foi eleita ‘Rainha Mundial da Pecuária’
Da passarela à cozinha
O concurso, realizado na Colômbia desde 1957, conta com participantes de todo o mundo, apesar de inicialmente, ser apenas para a América Latina. O Brasil já ganhou o título 9 vezes.
A competição integra a programação da feira de Manizales, que inclui diversos eventos tradicionais da Colômbia. As candidatas participam de desfiles de biquini, em carros alegóricos e visitam diversas cidades.
“Eles nos tratam como realmente rainhas. A gente tem o nosso próprio guarda, o edecán”, diz Cristiane.
O edecán é um oficial das forças armadas, que desempenha funções de natureza protocolar. Durante o concurso, além de proteger, eles dão suporte às misses em todas as etapas.
Cristiane também precisou desfilar com um traje típico brasileiro. Ela escolheu uma vestimenta de boiadeira, representando as raízes culturais e agrícolas do Mato Grosso.
Cristiane Stipp, Rainha Internacional do Café, vestida de boiadeira com o seu guarda-costas
Divulgação
Qual é o papel da rainha do café?
A rainha do café se torna a embaixadora da bebida, tendo como responsabilidade levar a cultura do grão para o mundo, principalmente para países que não o consome.
“É levar a essência do café para outras culturas e não só na forma de bebida, mas também nas multifacetas que o café tem”, diz Cristiane.
Apesar de não ter um prêmio em dinheiro, a dentista recebeu diversos presentes da população colombiana, como café produzido localmente e joias.
Veja mais rainhas dos alimentos:
Brasileira eleita ‘Rainha Mundial da Pecuária’ fala sobre testes práticos do concurso
Veja quais os benefícios de consumir maracujá