Ministério da Agricultura declara emergência por praga em plantações de mandioca no Amapá


Medida também vale para o estado do Pará. No Amapá, a ‘vassoura de bruxa’ foi identificada em plantações de terras indígenas. Praga quarentenária da mandioca foi registrada pela primeira vez no Brasil em 2024
Embrapa/Divulgação
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarou nesta quinta-feira (30) estado de emergência fitossanitária no Amapá e no Pará para o surto de Rhizoctonia theobromae. Essa é uma praga quarentenária presente, causadora de um fungo conhecido como “vassoura de bruxa” em plantações de mandioca.
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A medida tem o prazo de um ano e busca a prevenção da dispersão da praga para outras áreas de cultivo.   A doença conhecida como “vassoura de bruxa” da mandioca foi detectada pela Embrapa Amapá em plantios de mandioca das terras indígenas de Oiapoque, em 2024.
“Esse fungo, especificamente, é um fungo que não tinha sido detectado no Brasil. “A gente ainda está no processo de investigação de como foi feita a introdução. Tem a questão também da crise climática que tem alterado as condições ambientais no mundo todo. E isso tem mudado a ecologia da maioria dos seres vivos. Nós como um estado de fronteira temos que ter muito cuidado com a defesa fitossanitária, não só do nosso estado como do país todo”, explicou Cristiane Ramos, pesquisadora da Embrapa Amapá.
Sintomas e evolução da doença:
Ramos secos e deformados;
Nanismo;
Proliferação de brotos fracos e finos nos caules;
Clorose, murcha e seca das folhas;
Morte apical;
Morte descendente das plantas.
O Ministério informou que a dispersão pode ocorrer por meio de material vegetal infectado, ferramentas de poda, além de possível movimentação de solo e água. 
Vassoura de bruxa de mandioca é encontrada pela primeira vez no Brasil em municípios do AP
A movimentação de plantas e produtos agrícolas entre regiões também pode facilitar a dispersão do patógeno, aumentando o risco de infecção em novas áreas. 
No Brasil, há 12 espécies de pragas quarentenárias presentes em território nacional, conforme o Mapa e mais de 500 consideradas pragas quarentenárias ausentes, não registradas no país.
Destas pragas, cerca de 10 já foram transmitidas para outros países na América do Sul e na região do Caribe, e possuem a probabilidade de entrada no Brasil. Cada uma deve ser monitorada com ações de controle específicas conforme as características, sendo reprodução, sobrevivência, capacidade de dispersão e outros.
Desde a confirmação da presença da praga no Amapá, equipes compostas por profissionais do Mapa, Embrapa, Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro) e o Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap) estão atuando na área considerada de novos riscos e aplicação de medidas de contenção nos focos identificados. 
Praga ‘vassoura de bruxa’ deixa plantio de mandioca com aspecto amarelado ou verde claro
Divulgação/Embrapa
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