Redes sociais: Cármen Lúcia defende liberdade com ‘informação correta’ para não virar ‘exposição de ódios e violências’

Presidente do TSE declarou que inovações tecnológicas são “objeto de atenção e cuidado” do tribunal pela repercussão que podem ter sobre a liberdade de informação. A presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia, afirmou nesta terça-feira (3) que é preciso garantir a liberdade com informação correta, para que a expressão dos cidadãos não seja “exposição manipulada de ódios e violências”.
A ministra discursou na abertura dos trabalhos do TSE. Cármen Lúcia declarou que inovações tecnológicas são “objeto de atenção e cuidado” do tribunal pela repercussão que podem ter sobre a liberdade de informação.
“Cada inovação tecnológica, principalmente cada nova medida adotada sobre redes sociais, são objeto de atenção e cuidado muito especial dessa Casa, pela repercussão que pode ter sobre o direito às liberdades, especialmente à liberdade de se informar, convencer-se e votar. Há de se garantir as liberdades com informação correta, para que a expressão seja manifestação de liberdade, não exposição manipulada de ódios e violências”, disse.
A abertura do período de julgamentos na Corte Eleitoral teve a presença do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, e dos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre.
No discurso, Cármen Lúcia pontuou também que cabe ao Poder Judiciário atuar como uma barreira contra o “estado de guerra entre cidadãos”, com o objetivo de impedir o direito livre de informação.
“Na medida e nos limites constitucionais do Poder Judiciário, cabe à magistratura desempenhar o seu dever de ser uma barreira contra o estado de guerra entre cidadãos para beneficiar uns tantos interessados em cercear o direito livre de se informar e concluir sobre o que cada um deseja para si e para o país”, ressaltou.
A presidente do TSE informou ainda que os preparativos das eleições presidenciais de 2026 já começaram, assim como as primeiras medidas para o pleito de 2028. Argumentou que o trabalho da Justiça Eleitoral é ininterrupto.
“Democracia não é prática de momento, mas de permanência. porque democracia se faz todo dia. a Justiça também”, explicou.
“A democracia não é atribuição nem função exclusiva de uma pessoa ou de uma instituição, senão um esforço comungado de todas as brasileiras e brasileiros e das instituições de Estado. A Justiça Eleitoral tem o compromisso de preparar tudo o que seja necessário para o exercício do direito livre ao voto”, completou.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.