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Filho do casal também é vítima das injúrias. A vítima contou que outras expressões racistas como ‘negra maranhense’ eram xingamentos usados pelo agressor. Delegacia de Polícia de Sorriso
Polícia Civil de Mato Grosso
Um homem, de 46 anos, foi preso em flagrante nessa terça-feira (4) suspeito de cometer crimes de racismo, injúria racial, violência psicológica, e lesão corporal contra a ex-mulher, em Sorriso, a 420 km de Cuiabá. A vítima, de 31 anos, é natural do Maranhão e ouvia expressões como “negra nojenta”, “fedida”, “negra maranhense” e “maranhense aqui em Sorriso não é nada”.
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Segundo a Polícia Civil, a vítima procurou o Núcleo de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica e Sexual na segunda-feira (3) e solicitou medida protetiva de urgência pelo histórico de violência que vivia com o suspeito. O suspeito havia a agredido fisicamente e arremessou uma garrafa na direção da vítima, o que causou uma lesão no tornozelo dela.
Ela contou ainda que, há quatro meses, o suspeito a queimou no braço com óleo quente e bateu sua cabeça no beiral da porta. O filho do casal também é vítima das injúrias. O suspeito dizia que é branco e o filho “cheira negro”.
Na manhã dessa terça-feira (4), uma irmã da vítima acionou a polícia quando viu o suspeito correndo atrás dela e a ofendendo verbalmente. Uma equipe foi até o local informado e o prendeu em flagrante.
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Histórico de agressões físicas e verbais
Às equipes, a vítima contou que já tinha uma medida protetiva contra o suspeito, que foi preso anteriormente por crimes contra ela. Além das agressões físicas e verbais, o suspeito ofendia a ex-mulher com expressões quando estavam em chamadas de vídeo com a família e mostrava a vítima.
Segundo a delegada Jéssica Assis, a injúria racial é considerada crime de racismo, além de não caber pagamento de fiança e não prescrever. “Nas declarações da vítima, além da gravidade da agressão física, as injúrias raciais a ofendem a ponto de ela começar a se sentir diminuída e desvalorizada como ser humano”, explica.