Aprovada em três universidades públicas, aluna de cursinho popular acordava 4h30 para estudar: ‘Medo de não passar’


Ana Júlia Mateus Santos, de Ribeirão Preto, diz que dedicação aos estudos e apoio da família foram fundamentais para conquistas. Ana Júlia Mateus Santos, de Ribeirão Preto, SP, é aprovada em medicina veterinária na USP de Pirassununga, SP
Foto: Arquivo Pessoal
Quando começou a se preparar para o vestibular, Ana Júlia Mateus Santos, de 21 anos, sabia que queria cursar veterinária, mas precisava se dedicar muito aos estudos para conseguir aprovação em uma boa universidade.
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No começo, a jovem de Ribeirão Preto (SP) tentou estudar sozinha, com materiais da internet, mas logo percebeu que a falta de constância estava prejudicando o aprendizado.
“Eu tinha um pouco de dificuldade em aprender totalmente sozinha e não ter ninguém para tirar minhas dúvidas.”
Ana Júlia, então, entrou no curso popular da Universidade de São Paulo (USP) e diz que ele foi fundamental para as conquistas que estavam por vir.
“Eu consegui manter a constância nos estudos, estudar todos os dias e não era nada muito cansativo porque os professores davam aulas dinâmicas, com exercício, com exemplificação, com slides.”
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O resultado veio em forma de três aprovações, duas delas em primeiro lugar. Ana Júlia passou na USP, em Pirassununga (SP), e em primeiro lugar na Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Jaboticabal (SP), e na Universidade Federal de Lavras (UFLA), em Minas Gerais.
Mas, para alcançar o objetivo, ela teve de seguir uma rotina rigorosa e acordava às 4h30 para conseguir conciliar o tempo entre o cursinho e os estudos em casa.
Ana Júlia Mateus Santos, de Ribeirão Preto, se dividia entre aulas regulares e cursinhos populares para garantir sua vaga na USP
Foto: Arquivo Pessoal
“Eu gostava de estudar de manhã, o período da manhã era sempre melhor para mim. Acordava bem cedo, via as aulas que tinha me proposto a assistir e depois passava a tarde fazendo exercícios. No período da noite, que era onde eu tinha aula no cursinho, assistia as aulas, prestava o máximo de atenção possível e fazia alguns resumos para conseguir fixar o conteúdo”.
Descanso e noites em claro
Por acordar tão cedo, Ana Júlia diz que não abria mão do descanso, mas a ansiedade bateu bastante durante o período e ela sofreu por ter o sono e os estudos afetados.
“Tentava encaixar alguns períodos de descanso, porque era bem cansativo e, se eu estivesse cansada, não ia conseguir dar o meu máximo, não ia conseguir aprender tanto. Eu tinha muito medo de não passar. Antes de sair o resultado, passei várias noite em claro, não conseguia dormir, não conseguia parar de pensar nisso”.
O apoio para os dias mais difíceis veio da família e também com a terapia.
“Minha mãe esteve comigo em todos os momentos do vestibular. Ela que me levava na porta em todas os todas as provas que eu fiz. Meu pai também ficou muito feliz. Acho que todo mundo estava sonhando aquilo comigo”.
Ana Júlia Mateus Santos de Ribeirão Preto, SP, recebe apoio da mãe após conquistar vaga em três universidades renomadas
Foto: Arquivo Pessoal
Agora aprovada na universidade que sempre sonhou, Ana Júlia se prepara para a mais nova etapa da vida e está confiante, porque não tem dúvidas do caminho que decidiu seguir.
“No ano passado, a USP parecia um sonho distante, mas com dedicação e apoio, ele se tornou real”
*Sob a supervisão de Flávia Santucci
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