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Segundo o jornal O Globo, as gravações estavam paradas pois o filme precisava arrecadar cerca de R$ 700 mil para sua conclusão. Cacá Diegues durante filmagem de “Deus ainda é brasileiro”
Globo
Cacá Diegues estava produzindo seu 20º filme desde 2022. Previsto para ser lançado no segundo semestre de 2025, “Deus ainda é brasileiro”, tinha toda sua filmagem acontecendo em Alagoas. Mas, segundo o jornal O Globo informou em setembro de 2024, a produção do filme estava parada pois o filme precisava arrecadar cerca de R$ 700 mil para sua conclusão.
Cacá Diegues morreu nesta sexta-feira (14), aos 84 anos, depois de complicações em uma cirurgia.
Natural de Maceió (AL), o cineasta decidiu homenagear a região com o longa, 20 anos após o lançamento de “Deus é brasileiro” (2003) e que tinha Antônio Fagundes, Wagner Moura, Paloma Duarte e mais estrelas no elenco.
“Prefiro dizer que ‘Deus Ainda é Brasileiro’ se trata de um spin-off, pois é um filme saído daqueles personagens, daquelas situações, mas não é uma continuação”, destacou o cineasta na época.
“Esse filme aborda um outro momento da nossa história, em que Deus retorna ao Brasil para tentar recuperar a esperança na humanidade. Eu costumo dizer que esse filme é uma comédia cívica, por causa do seu tom patriótico. Além disso, o filme convida o espectador a refletir sobre o nosso momento político e de que forma podemos contribuir para a política brasileira.”
“Deus ainda é brasileiro” trazia de volta o ator Antônio Fagundes no papel de Deus.
“Fazer Deus é o máximo. É na linha do primeiro, acho que o público vai gostar muito de rever aquelas situações todas com esse Deus que ainda é brasileiro. Tá sendo uma alegria. Vinte anos depois, a gente já tinha até quase esquecido essa possibilidade. E agora estamos voltando aqui nessa terra maravilhosa, com paisagens maravilhosas, povo simpático”, destacou Fagundes em entrevista de 2022.
Além do ator, o elenco conta com Otávio Müller, Neuza Borges, Ivana Iza e Laila Vieira.
Durante o início das gravações, Cacá chegou a dizer em entrevista que nunca pensou em retomar o tema do filme, mas mudou de ideia após a perda da filha, Flora Diegues, em 2019, vítima de um câncer no cérebro. A pandemia de coronavírus também levou o cineasta a decidir retornar ao tema.
O longa se passa no Brasil no pós-pandemia marcado pela transição política. Para Cacá, o filme que traz um toque de crítica social, é sobre esperança.
Figurantes de “Deus ainda é brasileiro” junto com Antônio Fagundes durante gravação do longa em Alagoas
Reprodução/Instagram
Produção e elenco 70% alagoana
Segundo Cacá, foi feito um acordo para que 70% do elenco e da produção fosse de Alagoas.
“Eu não faria esse filme sozinho. Eu faria com os alagoanos, que é o que interessa. Então pra incentivar, estimular o cinema alagoano, a gente combinou que o filme usaria no mínimo 70% do elenco e a da equipe técnica alagoana. E o filme todo filmado aqui, com história alagoana”, explicou Cacá.
“Deus não mora em lugar nenhum, mas ele vem pra Alagoas porque ele gosta de Alagoas.”
Paula Barreto, produtora do filme, afirmou que o longa é uma homenagem a todo o povo nordestino.
“O público pode esperar um filme divertido, um filme que é contemporâneo, que vai falar dessa atual situação que a gente vem vivendo, do espírito brasileiro que vai ser muito bem representado pelo alagoano, um povo que não desiste. É uma grande homenagem ao nordeste. Ao povo nordestino representado pelo alagoano.”
Novo filme de Cacá Diegues ‘Deus ainda é brasileiro’ é gravado em Alagoas