Francisco Eduardo Guimarães, de 23 anos, e a pequena Ana Eloíse foram executados por homens encapuzados, na noite da última quinta-feira (11), na Zona Sul de Teresina. Invasão de facção ao bairro onde ele morava teria motivado o crime, já que ele era de grupo rival, segundo delegado. Pai e filha são mortos a tiros dentro de casa no PI; criança fazia dever escolar
Reprodução
Francisco Eduardo Guimarães, conhecido como “Índio”, de 23 anos, foi avisado de que poderia ser assassinado devido a disputas entre facções criminosas. Dias depois, ele foi morto junto com a filha, de 4 anos. A Polícia Civil investiga o caso e quatro pessoas estão presas suspeitas do crime. Outros seis suspeitos, presos pela Polícia Militar na sexta (12), foram soltos.
Conforme o delegado Danúbio Dias, do Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), Francisco Eduardo seria integrante de uma facção e um grupo rival iria invadir o bairro onde ele morava. Por isso, a vida dele estava em risco e ele foi avisado disso.
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“O crime foi motivado por disputa entre facções criminosas ali na Zona Sul, entre o Parque Vitória e o Conjunto João Paulo II e o Mário Covas. A vítima já tinha sido, inclusive, alertada de que ela deveria sair dali porque o Parque Vitória estava em risco, que seria iminente a invasão do Parque Vitória por essa facção rival. Infelizmente a vítima não ouviu o conselho e o crime acabou se concretizando”, declarou o delegado.
Provas e dinâmica do crime
O rapaz e a filha Ana Eloíse, de 4 anos, foram mortos na noite de quinta-feira (11), no bairro Parque Vitória, Zona Sul de Teresina. Pelo menos 6 pessoas podem estar diretamente envolvidas no crime e quatro estão presas.
A Polícia Militar fez prisões, mas, segundo o delegado, não houve provas para manter nenhum preso. Outras pessoas foram presas pela Polícia Civil e quatro permanecem presos. Um deles confessou e deu detalhes da dinâmica do crime.
Testemunhas e suspeitos relataram que houve troca de tiros e que foram encontradas três marcas de disparos de arma de fogo na porta do quarto onde a criança estava. Um dos adolescentes envolvidos, responsável por esconder a arma, alegou que a morte da garota não foi proposital.
“Houve troca de tiros e acreditamos que os tiros encontrados na transversal da porta atingiram a menina. Um dos adolescentes apreendidos disse que a garota morreu durante a troca de tiros”, completou o delegado.
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Armas apreendidas durante prisão de suspeitos de matar pai e filha no PI
Divulgação/PMPI
Algumas provas indicam que o relato é verdadeiro. Além de marcas de disparos no sentido de dentro para fora do quatro, a testemunha que viu o momento do crime descreveu a arma que teria sido usada pela vítima.
Um dos suspeitos relatou ter sido responsável apenas por guardar a arma e além de descrever a arma, apontou o local exato onde estaria escondida e os policiais encontraram a arma no lugar informado.
Presos suspeitos do crime
O homem e um dos adolescentes presos eram já eram procurados pela Justiça, segundo o delegado Emir Maia, da Delegacia de Capturas (Decap) da Polícia Civil do Piauí (PCPI). Três armas de fogo e aparelhos celulares também foram apreendidos em Timon (MA), local das prisões.
Eles foram localizados depois que a companheira de um deles solicitou uma corrida em um aplicativo de transporte para levar os envolvidos até Timon.
Os policiais conseguiram rastrear o endereço onde o motorista iria deixá-los e capturaram seis deles. Depois, detiveram mais três suspeitos na Vila Santa Cruz, Zona Sul de Teresina.
Suspeitos de envolvimento em duplo homicídio de pai e filha são presos no PI
Divulgação/PMPI
Pai correu para o quarto da filha
Conforme a polícia, o pai correu para o quarto da filha enquanto era perseguido pelos criminosos e a menina acabou sendo atingida por três tiros.
“Os indivíduos entraram, provavelmente ele [o pai] correu para o quarto, um recinto pequeno, a criança estava deitada em uma cama e foi atingida”, contou o coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o Barêtta.
A polícia apontou que Francisco Eduardo Guimarães integrava uma facção criminosa e tinha passagens por tráfico, roubo de veículos, adulteração de sinal identificador de veículo e assalto. A suspeita inicial é de que os autores do crime seriam integrantes de um grupo rival.
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