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Defesa Civil de São Paulo registrou acumulado de 117 milímetros em São Vicente (SP) nesta terça-feira (18). Chuva forte atinge a Baixada Santista e provoca alagamentos
As fortes chuvas provocaram transtornos na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, nesta terça-feira (18). De acordo com a Defesa Civil, as cidades de São Vicente, Santos e Praia Grande estavam entre as que registraram maior acumulado do estado em um período de três horas.
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O órgão informou, por volta das 20h, que São Vicente registrou 117 milímetros, sendo considerado o maior acumulado de São Paulo. Santos estava na segunda posição, com 100 mm, e Praia Grande na quinta, com 59 mm.
Imagens obtidas pelo g1 mostram ruas alagadas e ciclistas atravessando as vias a pé (assista acima).
Temporal deixa Baixada Santista (SP) debaixo d’água nesta terça-feira (18)
Reprodução
Também por volta das 20h, a Defesa Civil emitiu um alerta geral por chuva, raio, vento e granizo em Santos e São Vicente. Aproximadamente uma hora depois, o órgão enviou um novo comunicado, desta vez para Guarujá e Bertioga.
Defesa Civil de SP alerta para chuva forte em Santos e São Vicente
Defesa Civil
Chuva pós-calorão
aixada Santista enfrenta onda de calor com sensação térmica de 50°C
Barbara Bueno / Arquivo Pessoal
Pouco antes do temporal, os moradores da Baixada Santista sofreram com uma onda de calor e altas temperaturas. Na manhã da última segunda-feira (17), a combinação de dois fenômenos foi determinante para que os termômetros registrassem 41,4ºC à sombra.
O especialista em Climatologia e Agrometeorologia do Canal Geoastrodicas, Rodolfo Bonafim, explicou sobre essa soma de fatores. Segundo ele, além da massa de ar quente de alta pressão no Oceano Atlântico, o vento de noroeste, que sopra do interior da América do Sul para cá, da região da Amazônia e Bolívia.
Esse encontro de fenômenos é chamado de “aquecimento pré-frontal”, que ocorre antes da chegada de uma frente fria. Bonafim explicou que esse vento Noroeste é atraído por uma área de baixa pressão, que está no Sul do Brasil e acompanha uma corrente de ar frio.
O especialista explicou que a sensação térmica é influenciada pela temperatura real do ar e pela umidade relativa. No caso da Baixada Santista, a temperatura real chegou a 41,4ºC à sombra, mas a combinação com a alta umidade fez com que a sensação térmica fosse de 50ºC, ou seja, o calor sentido pelas pessoas é muito mais intenso do que a temperatura medida pelo termômetro.
“Quanto mais alta a temperatura e mais alta a umidade, maior a sensação térmica”, disse Bonafim.
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