Provas apresentadas no processo indicaram a ocorrência de falhas no fornecimento de energia em Santarém entre 2009 e 2013. Consumidores que tiveram prejuízos devido a falhas de energia podem receber indenização (imagem ilustrativa)
Pvproductions/Freepik
A pedido do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), a Justiça Federal condenou a empresa Equatorial Pará a indenizar os consumidores residentes em Santarém, oeste do Pará, por danos causados por falha no fornecimento de energia elétrica entre os anos de 2009 e 2013.
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A sentença também estabelece que a empresa deve divulgar a condenação na televisão, para que os consumidores prejudicados possam procurar a Justiça para receber a indenização. Essa divulgação deve ser feita durante pelo menos uma semana, de maneira diária, definiu a Justiça Federal.
A decisão registra que as provas apresentadas no processo indicaram a ocorrência de falhas no fornecimento de energia em Santarém entre 2009 e 2013 e destaca que, apesar de a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prever descontos de tarifas e compensações para consumidores lesados, isso não livra a empresa de ser responsabilizada civilmente pelos danos.
A Justiça Federal destacou que a Equatorial não apresentou provas de que os problemas no fornecimento de energia elétrica teriam causas externas às suas obrigações como distribuidora. A companhia havia alegado, em sua defesa, que atua apenas como intermediária no setor e, portanto, não seria responsável pelas intercorrências. A Justiça, no entanto, considerou que a tese não foi sustentada com evidências.
A distribuidora ainda pode recorrer da decisão.
O g1 fez contato com a Equatorial e aguarda posicionamento.
Apagão de 2024
O MPF continua apurando as causas e danos do apagão do ano passado em Santarém, com foco na qualidade e na regularidade da manutenção da rede elétrica no município. Em 24 de junho de 2024, uma série de explosões de transformadores da rede provocou um blecaute que atingiu mais de 25 mil famílias. O fornecimento de energia elétrica só foi restabelecido dois dias depois.
Fonte: MPF-PA
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