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Decisão da Justiça liberou Maria Lúcia Miranda e Renato Golino, ex-coordenadora administrativa e ex-coordenador financeiro da entidade em Bauru, e o empresário Felipe Guimarães. Trio é suspeito de fazer parte do esquema de desvios milionários na Apae. Roberto e Renato Golino na premiação da Apae de Bauru (SP) em 2020
Apae/Reprodução
Saíram da cadeia, nesta semana, outros três envolvidos no suposto esquema de desvios milionários da Apae, que passou a ser investigado após o desaparecimento da secretária-executiva da entidade, Cláudia Lobo que, para a polícia, foi assassinada pelo então presidente da entidade, Roberto Francischetti Filho.
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A ex-coordenadora administrativa da Apae, Maria Lucia Miranda, presa durante a operação policial no ano passado, foi solta nesta terça-feira (18).
Maria Lucia cumpria prisão preventiva na penitenciária feminina de Pirajuí e estava presa desde dezembro do ano passado.
Além dela, Renato Golino, ex-coordenador financeiro da Apae e o empresário Felipe Guimarães também foram soltos na terça-feira. Eles estavam presos no Centro de Detenção Provisório de Bauru.
A filha de Cláudia Lobo e outros três familiares da secretária-executiva da entidade também foram soltos após a Justiça ter aceito os pedidos de habeas corpus da defesa deles na semana passada.
Renato Tadeu de Campos, policial militar aposentado que prestava serviços para a Apae, continua preso no presídio militar Romão Gomes.
Esquema de desvio de recursos
Desvio milionário e assassinato: os bastidores de um crime envolvendo a Apae de Bauru
O grupo investigado é suspeito de envolvimento em um esquema que desviou milhões de reais dos cofres da Apae de Bauru.
Segundo a denúncia do Ministério Público, os desvios eram feitos por meio de pagamentos superfaturados, contratos fictícios e retirada irregular de valores da entidade.
Além do processo criminal, os réus também enfrentam uma ação civil pública, na qual o Ministério Público pede a devolução dos valores desviados e a responsabilização pelos danos causados à instituição e aos usuários dos serviços prestados pela Apae.
Presos suspeitos de desvios milionários na Apae de Bauru
TV TEM/Reprodução
Suposto assassinato de Cláudia Lobo
Além da investigação de desvios financeiros, o caso também envolve a morte de Cláudia Lobo, ex-secretária-executiva da instituição, desaparecida desde agosto de 2024. O ex-presidente da Apae, Roberto Franceschetti Filho, responde pelo homicídio e está preso desde 2024.
Outro réu no caso, Dilomar Batista, confessou ter queimado um corpo a pedido de Roberto e responde por ocultação de cadáver, mas nunca foi preso.
O processo criminal segue em fase de instrução e julgamento, com a expectativa de que o juiz decida em se os réus irão a júri popular.
Presidente da Apae presta depoimento à polícia e diz não ter envolvimento no desaparecimento de funcionária
Gabriel Pelosi/TV TEM
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