
Docentes reivindicam reajuste salarial, reestruturação de carreira e recomposição do orçamento. Professores da Ufop e Cefet-MG confirmaram adesão ao movimento. Faixa sobre greve na UFMG
APUBH UFMG+ Sindicato/ Instagram
Professores de instituições federais de ensino superior em Minas Gerais entraram em greve nesta segunda-feira (15). Eles reivindicam reajuste salarial, reestruturação de carreira e recomposição do orçamento.
De acordo com o Sindicato dos Docentes do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (SindCefet-MG), houve “adesão expressiva” ao movimento em todos os campi da instituição, em Belo Horizonte e no interior do estado. A entidade ainda não tem balanço em números.
“Nós realizamos uma assembleia hoje, conectando todos os campi do Cefet, e foi relatada uma adesão expressiva. Inclusive, vamos entrar com pedido de suspensão de calendário no Conselho Diretor ainda hoje. Esperamos que seja uma greve curta, com mobilização forte por parte dos professores”, afirmou o vice-presidente do sindicato, Adelson Fernandes Moreira.
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Campus do Cefet-MG em Belo Horizonte
Júlio Sardinha/Setor de audiovisual Cefet-MG
A greve também começou na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), na Região Central de Minas Gerais. A Associação dos Docentes da UFOP (Adufop) não tem números da adesão, mas, segundo o vice-presidente da entidade, Rodrigo Ribeiro, o movimento foi aprovado em assembleia por mais de 170 professores.
A categoria também concordou com a suspensão do calendário acadêmico e a negociação de atividades consideradas essenciais.
“Pelo indicativo que está se apresentando, a ampla maioria já aderiu ao movimento”, disse.
Os professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) também aprovaram greve a partir desta segunda-feira (15). Porém, estudantes ouvidos pelo g1 disseram que as aulas não foram afetadas.
O g1 também questionou o Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte e Montes Claros (APUBH) sobre a adesão ao movimento e aguarda retorno.
Reajuste
Os docentes pedem reajuste de 22,71%, dividido em três parcelas iguais de 7,06%, em 2024, 2025 e 2026. Até o momento, o governo federal propõe aumento total de 9%, por meio de duas parcelas de 4,5%, em 2025 e 2026.
Em nota, o Ministério da Educação (MEC) afirmou que “vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias” e que, “no ano passado, o governo federal promoveu reajuste de 9% para todos os servidores”.
“Equipes da pasta vêm participando da mesa nacional de negociação e das mesas específicas de técnicos e docentes instituídas pelo MGI, e da mesa setorial que trata de condições de trabalho”, declarou o MEC.
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