Justiça revoga prisão de mulher detida por perseguir atriz Débora Falabella


Suspeita, que tem 41 anos, foi declarada ‘inimputável’. Ela é acusada de perseguir artista desde 2015. Débora Falabella em foto de arquivo
Celso Tavares/g1
A Justiça revogou a prisão de uma mulher presa por perseguir a atriz Débora Falabella e descumprir medida protetiva. A suspeita, que tem 41 anos, foi declarada “inimputável” e, por ser ré primária, o tribunal decidiu que ela não deveria responder ao processo presa.
De acordo com a denúncia, a atriz Débora Falabella é vítima de perseguição desde 2015. A mulher foi presa no dia 29 de fevereiro numa clínica psiquiátrica em Camaragibe, no Grande Recife, e estava detida na Colônia Penal Feminina do Recife, no bairro da Iputinga, na Zona Oeste da capital.
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A decisão que revogou a prisão da suspeita, bem como a que determinou a prisão, foi expedida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), onde corre o processo pelo crime de perseguição, também conhecido como “stalking”.
O g1 teve acesso ao inquérito policial do caso, em que a defesa da artista relatou que a suspeita já tentou entrar no prédio onde Débora mora e chegou a dizer que “conversava e fazia sexo com a atriz por telepatia” (veja detalhes mais abaixo).
Por determinação judicial, a mulher está proibida de chegar perto da atriz, ou de manter qualquer tipo de contato, inclusive telefônico ou via aplicativos e redes sociais.
Na revogação da prisão, a juíza Juliana Trajano de Freitas Barão determina que sejam mantidas todas as medidas cautelares anteriores, como a proibição de se aproximar ou tentar se comunicar com Débora Falabella, de quem a suspeita precisa manter distância mínima de 500 metros.
Caso descumpra essas medidas, a ré pode ser internada por prazo indeterminado. De acordo com o advogado Diego Felipe Cerqueira Rocha de Oliveira, que defende a ré, o processo continua, mas com a mulher em liberdade.
Ele afirmou, também, que, no momento em que foi presa, a mulher estava internada em tratamento psiquiátrico desde outubro de 2023. Entretanto, ela não deve ser reinternada ao sair da Colônia Penal Feminina.
O caso
Na acusação contra a mulher, que não teve o nome divulgado, os advogados de Débora afirmaram, ainda, que a suspeita também perseguiu a atriz com mensagens e presentes considerados “tendenciosos”.
Débora entrou com uma medida protetiva contra a mulher em janeiro de 2023, após receber presentes natalinos e cartas onde a mulher contava do amor que sentia por ela. Ainda segundo o documento, Débora também relatou que:
A mulher começou a enviar presentes e cartas até que, em agosto de 2015, tentou invadir o camarim da artista;
Houve um segundo encontro entre as duas, em 2018, também durante uma apresentação da atriz, mas a mulher se levantou no meio da peça e foi embora;
Em 2022, a suspeita também mandou mensagens para a irmã de Débora, afirmando que “conversava e fazia sexo com a atriz por telepatia”.
O g1 tenta contato com a assessoria de Débora Falabella.
Veja como e quando denunciar o ‘stalking’, crime de perseguição
Daniel Ivanaskas/G1
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