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Ao menos 44 municípios aderiram à campanha para desenvolver ações como mutirões de limpeza em diversos pontos. Infectologista alerta para risco de aumento das infecções nas próximas semanas. Dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti
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As dez maiores cidades da região de Ribeirão Preto (SP) somam pelo menos 9.571 casos confirmados e sete mortes por dengue. O balanço foi feito pelo g1 junto às prefeituras, e os dados correspondem ao período do início de 2025 até esta última semana.
⚠️ Neste sábado (22), a EPTV, afiliada da TV Globo, promove o “Dia D” de combate aos criadouros e à proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.
▶️ Prefeituras que aderiram à oitava edição da campanha desenvolvem diversas ações, como mutirões de limpeza em diversos pontos das cidades. Na região de Ribeirão Preto, ao menos 44 municípios participarão. CLIQUE AQUI e veja a programação de cada local.
Além da região de Ribeirão Preto, a ação também acontece nas regiões das outras três praças da emissora: Campinas, São Carlos e Sul de Minas.
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🦟 Com base nos números, Sertãozinho (SP) é a cidade que mais preocupa, já que contabiliza 3.622 casos positivos e cinco mortes confirmadas, além de outras cinco mortes que ainda têm a causa sob investigação. Há um mês, o município contabilizava 631 infecções, mas já liderava o ranking regional.
Em Ribeirão, maior cidade da região, há 2.674 casos, duas mortes confirmadas e três sob investigação. Já Franca (SP) registra 500 pessoas infectadas e um óbito suspeito.
Médico infectologista do Hospital das Clínicas de Ribeirão, Lucas Agra afirma que o número de casos está menor do que no ano passado, mas que, apesar disso, eles são bem maiores do que a média histórica. Na última quarta-feira (19), o governo de São Paulo decretou situação de emergência para a doença em todo o estado.
“O cenário atual é um pouco mais preocupante não pelos números em si. Quando a gente olha o número de casos novos de dengue neste ano, a gente vê que estamos tendo muito menos casos, comparado ao ano passado. Isso não quer dizer que as coisas estão boas, porque ainda assim a média histórica está muito desviada para cima, estamos tendo muito mais casos do que habitualmente tínhamos e do que a gente consegue cuidar”, diz.
Tendência de piora
O médico destaca, ainda, que a tendência é de que as infecções continuem aumentando nas próximas, com a expectativa de que o pico ocorra em até três semanas.
“A tendência, por enquanto, é de piora do cenário, que os casos continuem aumentando. Pelas análises estatísticas, a gente acredita que ainda vá levar mais duas ou três semanas para atingirmos o pico de casos de dengue. Isso deve se estender um pouco mais. Em todos os anos anteriores, o maior número de casos de dengue foi no final de março e começo de abril.”
Por fim, ele faz um apelo para que a população adote medidas para prevenir a proliferação da doença.
“A sociedade como um todo precisa priorizar, urgentemente, discutir como ela se relaciona com meio ambiente. Tentar frear o quanto a gente agride o meio ambiente. Tentar reverter alguns processos intermináveis de destruição, porque isso tudo está voltando contra nossa sobrevivência”, conclui.
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