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Entre os profissionais de saúde e outros pacientes, ela ficou carinhosamente conhecida como a “Vovozinha Centenária”. Dona Maria Otalia recebeu a visita de uma equipe do Programa de Atendimento Domiciliar ao Idoso (PADI), para revisão da cirurgia e acompanhamento na última quinta-feira (20), 7 dias depois da alta. Idosa de 100 anos se recupera de fratura após passar por cirurgia em hospital no Rio
Divulgação/SMS
Após sofrer uma queda em casa, uma idosa de 100 anos comemora a recuperação de uma cirurgia realizada no Hospital Municipal Albert Schweitzer (HMAS), Realengo, Zona Oeste do Rio, no começo de fevereiro.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Dona Maria Otalia recebeu a visita de uma equipe do Programa de Atendimento Domiciliar ao Idoso (PADI), para revisão da cirurgia e acompanhamento na última quinta-feira (20), 7 dias depois da alta.
O acidente aconteceu no dia 5 de fevereiro, quando Dona Maria quebrou o fêmur. Ao ser levada para o hospital, ela recebeu indicação para uma cirurgia de emergência. O procedimento de alto risco, tendo em vista a idade da paciente, foi realizado no dia 8 de fevereiro e sem nenhuma intercorrência.
A idosa teve alta apenas cinco dias após a cirurgia, no dia 13, tempo suficiente para conquistar o afeto de todos com sua simpatia e ganhar um carinho — entre os profissionais de saúde e outros pacientes, ficou conhecida como a “Vovozinha Centenária”.
Dona Maria Otalia, que nunca tinha passado por uma operação, se recuperou com a resistência e o carisma que só mesmo quem já viveu um século.
“Fiquei com tanto medo de perder minha mãe que para mim foi um renascimento. Todos nós da família sempre tivemos muito medo de ela se acidentar, por ser muito ativa e agitada. Quando aconteceu foi um choque, mas o tratamento que ela recebeu no hospital me tranquilizou”, conta Carmem Lúcia, sua filha caçula, de 66 anos.
A SMS informou que a “Vovozinha Centenária” teve o acompanhamento conjunto da Clínica Médica e da Ortopedia desde a sua entrada na unidade hospitalar e que no local foram realizados os exames pré-operatórios no tempo recorde exigido pela idade da paciente.
Coordenador médico da Ortopedia do HMAS, Glauco Pontes, explica a importância e a complexidade da cirurgia de Dona Maria:
“Esse tipo de fratura precisa passar por intervenção cirúrgica de urgência para resolução da dor e movimentação da paciente no próprio leito, evitando assim outras complicações clínicas no tempo em que ela precisa ficar acamada no período pós-operatório e para que consiga retornar às atividades que já realizava o quanto antes. É um tipo de procedimento que geralmente tem perda de muito sangue e precisa de reserva, mas Dona Maria Otalia não precisou de hemotransfusão e nem passou por nenhuma intercorrência. Foi uma cirurgia bem tranquila e executada com excelência”, diz Glauco.
Duas semanas após a queda, Dona Maria Otalia já faz novos planos. De volta para casa, convalesce na companhia de seus filhos, netos, bisnetos e do tataraneto Lucas, de 4 anos.
“Agora estamos cuidando dela e muito felizes e satisfeitos com todo carinho e atendimento que recebeu. Foi uma vitória muito grande”, vibra a filha Carmen Lúcia.
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