Inquérito do golpe: defesa de Braga Netto pede que STF declare Moraes suspeito para julgar denúncia

A defesa do general Walter Braga Netto pediu que o Supremo Tribunal Federal reconheça a suspeição do ministro Alexandre de Moraes para julgar a denúncia da Procuradoria-Geral da República sobre tentativa de golpe de Estado.
Os advogados pedem que o Supremo indique um novo relator para o caso. Essa análise será feita pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso.
Ex-ministro da Casa Civil e da Defesa durante o governo Bolsonaro, o general está preso em desdobramento das investigações que apuram a ação de golpe de Estado e ainda por suposta obstrução de Justiça ao tentar atrapalhar as investigações. A PGR apontou que o general teve papel central na acusação da trama golpista.
Para os advogados, como a PGR imputa a Braga Netto o financiamento do plano chamado de Punhal Verde Amarelo, que previa o monitoramento e até a morte de autoridades, entre elas o próprio Moraes, a imparcialidade necessária para o julgamento pode ser comprometida.
De acordo com depoimentos do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Braga Netto deu dinheiro para ação dos kids pretos que estavam executando o plano. Cid afirmou que recebeu de Braga Netto uma sacola de vinho contendo o dinheiro.
Braga Netto, Bolsonaro e mais 32 pessoas foram denunciados por
organização criminosa armada;
tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
golpe de Estado;
dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima;
deterioração de patrimônio tombado.
Bolsonaro foi apontado pela PGR como líder do grupo.
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