Ministros temem que Haddad abandone posição de rigor fiscal frente a movimentos de Lula para expandir gastos

Alguns ministros estão preocupados com o “modo eleição” e a sinalizações do movimento de colocar dinheiro na economia por parte do governo.
Essa preocupação com o movimento expansionista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se acentua após a declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta segunda-feira (24), quando ele disse que só existe ajuste fiscal com crescimento.
Outro fator foi o sinal verde para liberar o saldo retido do FGTS de quem fez saque aniversário e foi demitido.
A percepção interna de alguns ministros, que não são do PT, é que o próprio Haddad, depois de ficar muito tempo isolado na posição fiscalistas, está começando a fazer uma inflexão, já que cansou de ficar em posição minoritária.
Em reunião, sem Haddad, em 14 de fevereiro, na Granja do Torto, Lula reuniu ministros criticaram medidas do Ministério da Fazenda e apontaram desgaste.
Esses ministros ouvidos pelo blog avaliam que jogar muito dinheiro na economia nessa altura do campeonato, isto é, fazer um populismo fiscal pode gerar ainda mais uma pressão inflacionária.
É importante lembrar que além do FGTS, o governo já prepara o lançamento do consignado para o setor privado, fora a questão do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, da qual o governo ainda não apresentou uma compensação.
Todo esse pacote vai num movimento de avanço nos gastos públicos para fazer a economia acelerar. E, no movimento contrário, um Banco Central que fica aumentando a taxa de juros. Segundo um desses ministros ouvidos pelo blog, o BC está apenas “enxugando gelo”.
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