Racismo em partida de futsal: Ministério Público diz que vai investigar caso em escola do DF


Segundo MPDFT, reuniões foram agendadas com colégios envolvidos. Alunos teriam usado palavras como ‘macaco’ e ‘filho de empregada’ para discriminar outros estudantes. Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT)
TV Globo/Reprodução
O Núcleo de Enfrentamento à Discriminação (NED) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) anunciou que vai investigar os atos de racismo que ocorreram durante uma partida de futsal em uma escola particular do DF.
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Segundo o MP, reuniões foram agendadas com as escolas envolvidas e com o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe/DF) . No dia 3 de abril, alunos do colégio Galois teriam usado palavras como “macaco”, “pobrinho” e “filho de empregada” para discriminar os estudantes da Escola Franciscana (veja detalhes mais abaixo).
“A promotora de justiça Polyanna Silvares, coordenadora do NED/MPDFT, enfatiza a importância que todas as escolas do DF fiquem atentas ao acontecimento e promovam ações de prevenção e enfrentamento de discriminações, integrando toda a comunidade escolar no debate”, disse o MP, em nota.
No sábado (13), o Ministério do Esporte se pronunciou sobre o caso e publicou uma nota de repúdio aos atos de racismo. A pasta afirmou que é inaceitável que episódios de discriminação racial ainda existam na sociedade, especialmente em um ambiente escolar.
Entenda o caso
Estudantes falam sobre racismo sofrido durante torneio de futsal entre escolas no DF
A Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima, da Asa Sul, em Brasília, denunciou estudantes do Colégio Galois por racismo durante um um jogo de futebol da “Liga das Escolas”.
O torneio foi no dia 3 abril, e alunos do Galois teriam usado palavras como “macaco”, “pobrinho” e “filho de empregada” para discriminar os estudantes da Escola Franciscana (veja vídeo acima).
O Colégio Galois disse que vai convocar os alunos identificados para que possam dar explicações. Segundo a escola, são oito alunos, e as apurações devem terminar em até duas semanas. Depois disso, se for confirmada a participação nos ataques racistas, o colégio vai decidir qual providência tomar.
Na última quarta-feira (10), a diretora-geral da Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima, Inês Alves Lourenço, publicou uma carta de repúdio. No texto ela diz que os alunos foram vítimas de preconceito social e injúria racial.
“Os alunos do Colégio Galois proferiram diversas palavras ofensivas (…) tais como ‘macaco’, ‘filho de empregada’, ‘pobrinho’, tornando ambiente inóspito e deixando nossos alunos abalados”, diz a diretora na carta.
O Colégio Galois diz que iniciou uma investigação interna rigorosa. A escola disse ainda que “se solidariza com os alunos e a comunidade da Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima que se sentiram ofendidos e magoados”.
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